quinta-feira, 30 de julho de 2009

LIDERANÇA.


ALMEJAR A LIDERANÇA DA AMÉRICA LATINA CUSTA CARO !

Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva

As pretensões ambiciosas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de inserir o Brasil como líder na América Latina e, ganhar mais visibilidade para almejar um futuro cargo num organismo internacional, após encerrar seu atual mandato, está custando caro para o País.

Com o pretexto de manter boas relações internacionais com alguns países vizinhos problemáticos, nosso presidente tem, em alguns momentos, descuidado do relevante interesse nacional.

Desde o episódio do impasse no fornecimento do gás e das apropriações indevidas das refinarias da Petrobrás ocorridas na Bolívia, comandada pelo “muy” amigo presidente Evo Morales, alguns países do continente, começam a colocar as mangas de fora, desafiando o Brasil.

Percebendo a ausência de uma atitude firme e postura de verdadeira liderança brasileira, o governo do Equador resolveu ignorar as obrigações contratuais com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e ameaçou de expulsão uma construtora brasileira.

Seguindo o mesmo caminho, até o Paraguai tomou coragem e o recém eleito presidente Fernando Longo exigiu alterações no Tratado da Hidroelétrica de Itaipu, para obter maiores vantagens comerciais.

O tratamento diplomático dispensado para esses países, que são considerados pelo Presidente Lula como irmãos mais pobres, tem sido de conceder vantagens mais favoráveis, em detrimento de nossos maiores interesses, o que significa que o Brasil acaba arcando com substanciais prejuízos econômicos e financeiros.

O cerne da questão não é simplesmente ajudá-los, mas sim, o perigo de comprometer aspectos estratégicos, como o enfraquecimento da nossa matriz energética. Essa situação acontece tanto no caso do gás boliviano, do qual temos uma dependência excessiva e um longo prazo para revertê-la, enquanto não operacionalizarmos as recentes descobertas, quanto no fornecimento de energia da Usina Hidroelétrica de Itaipu, responsável por 20% do abastecimento do País.

Trata-se, também, de imposições para alterarem acordos e tratados firmados com essas nações. No recente caso com o governo paraguaio, além do aumento que ocorrerá nas tarifas, onerando mais o denominado mercado cativo da Eletrobrás, poderá desorganizar o atual esquema de leilões para compra de energia e demandar maior coordenação dos agentes econômicos envolvidos, com a autorização para a venda direta de energia excedente à indústria e grandes consumidores brasileiros.

Além da necessidade futura de equalizar o diferencial de custo, o governo já admite que parte da conta, que passará dos atuais US$ 120 milhões para US$ 360 milhões anuais (ou seja três vezes maior), se não for debitada para a Eletrobrás, vai ser subsidiada com recursos do Tesouro Nacional.

Abre-se também, uma precedência fundamental, para reivindicações futuras por parte do Paraguai, para fornecimento de sua geração de energia excedente de Itaipu para outros países, seu antigo e verdadeiro desejo.

O argumento de auxiliar os menos favorecidos não se aplica aos “nuestros hermanos argentinos“, os quais impõem sérias restrições para as nossas exportações, ao mesmo tempo em que privilegiam a importação de produtos vindos da China.

O governo brasileiro tem sido muito tolerante e até displicente em enfrentar o protecionismo da Argentina, nosso principal rival econômico, político e desportivo, praticamente abandonando os empresários nacionais nas difíceis negociações comerciais com o país platino.

O mesmo procedimento, no entanto, não foi adotado pelo Brasil quando a balança comercial foi superavitária para os argentinos, por longo tempo. Ou seja, a mão só funciona numa única direção.

O fracasso do Mercosul (Mercado Comum do Sul), no estabelecimento de tarifas comuns e de maximização de vantagens comparativas entre seus membros, deve ser melhor avaliado e o Brasil, como seu principal parceiro, deve-se impor ou então partir para a priorização dos acordos bi-laterais, como vem fazendo o Chile, com relativo sucesso.

Também não existe uma cooperação expressiva entre os sócios do Mercosul e o que se deslumbra são mais desacordos do que acordos. Parece que cada país dá preferência para melar as iniciativas do outro, sugerindo que a denominação do bloco deveria mudar para “ Melosul “

O que não se pode aceitar, é que o Brasil, com tantos problemas econômicos internos agravados pela atual crise econômica internacional e apresentando ainda um elevado déficit social, principalmente nas áreas menos desenvolvidas do norte e nordeste, fique brincando de país rico.

Como já comentamos em artigos anteriores, o governo tem que privilegiar o mercado interno, investir em infraestrutura e logística e atender as demandas sociais de saúde e educação, para alcançar um desenvolvimento econômico sustentável e justo, e, quando se tornar uma potência mundial possa ter melhores condições para amparar as nações reconhecidamente mais pobres.

Enquanto aquela fase desejada não chegar, já dizia o velho ditado, “Matheus, primeiro os teus “.



Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva, economista graduado pela Universidade de São Paulo (USP), consultor e assessor empresarial, especializado na recuperação e expansão de empresas em dificuldades financeiras.







terça-feira, 28 de julho de 2009

REFORMA NO BRADESCO.


Reforma na Cidade de Deus
Com discrição -- mas rapidamente --, Luiz Carlos Trabuco dá início à transformação do Bradesco quatro meses após assumir a presidência

Por Giuliana Napolitano | 23.07.2009 | 00h01
Revista EXAME -
O Bradesco é um grupo sui generis. Dos 16 membros da diretoria executiva, seis nunca pisaram numa universidade, poucos falam bem inglês e metade começou a trabalhar no banco muito jovem -- alguns antes dos 20 anos. A contratação de consultorias externas, há anos uma prática comum no mercado financeiro, continua a ser uma raridade na Cidade de Deus, a colossal sede do Bradesco, em Osasco, na Grande São Paulo. Lá, as teorias forjadas nas escolas de negócios sempre foram vistas com uma dose de discreto ceticismo. Políticas corriqueiras na maioria das empresas, como os programas de remuneração variável, são algumas das novidades permitidas. Esse jeito de ser molda a cultura do Bradesco. Aparentemente em dissonância com os novos tempos, essa cultura se provou eficaz e manteve o Bradesco na liderança entre os bancos privados brasileiros por mais de cinco décadas. E isso faz com que os quase 80 000 funcionários do banco continuem a acreditar nela e a trabalhar segundo seus preceitos.

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A cultura do Bradesco só mudará se seus comandantes assim desejarem. Mas os movimentos do mercado independem de vontades -- como ficou provado com as profundas transformações vividas pelo setor nos últimos meses. Há menos de um ano, Itaú e Unibanco se uniram para formar um novo líder. E, entre os estrangeiros, um se sobressai pela agressividade, o espanhol Santander. Diante disso, a grande pergunta feita na Cidade de Deus é como adaptar o Bradesco a essa nova realidade sem abandonar sua essência. Ou, mais especificamente, como aproveitar a força de sua cultura para reagir ao novo momento?

A tarefa de encontrar respostas para essas questões não é trivial e está nas mãos do executivo Luiz Carlos Trabuco. Quatro meses após sua posse como novo presidente do Bradesco, ele começa a executar suas estratégias para resolver a questão: deixar o clima interno menos militar -- aumentando a comunicação entre os níveis hierárquicos --, tornar mais rápido o processo de implantação das decisões e melhorar os instrumentos que medem o desempenho. Embora ninguém na Cidade de Deus coloque as coisas desta maneira, é como se o Bradesco quisesse ser, daqui para a frente, apenas parte do que já foi. "Nosso objetivo é ter uma estrutura de comando mais ágil e uma gestão mais centrada nos resultados", diz Trabuco. O processo começou com uma mudança na diretoria executiva, o segundo escalão do banco. O novo organograma, anunciado em 14 de julho e obtido com exclusividade por EXAME, mostra uma reviravolta. Três diretores deixaram o banco e dois foram promovidos. Todas as áreas foram reagrupadas e o segundo escalão passou a se reportar diretamente a Trabuco -- antes, havia diretores executivos que não tinham acesso à presidência e ficavam subordinados a outros diretores executivos. "Era um modelo rígido que não fazia o menor sentido", diz um ex-funcionário do banco. Com a medida, Trabuco quis tornar a cobrança por resultados mais eficiente e acabar com a duplicidade de funções. Além disso, fez quase todo mundo mudar de ares. A maior parte dos membros do segundo escalão trocou de área. José Luiz Acar Pedro, por exemplo, que cuidava do banco de investimento (e até o ano passado era um dos cotados a assumir a presidência do banco), responde agora por gestão de pessoas e de processos. Ademir Cossiello, que era responsável por crédito, ficou com marketing e produtos (veja o organograma, com os nomes de quem saiu ou foi promovido, no Portal EXAME).

Um ponto crucial na formação de executivos são os cursos de especialização, e também nessa área o Bradesco quer romper com a tradição. Nos seus 66 anos de história, o banco nunca teve um programa de treinamento no exterior. Até o final de agosto, essa lacuna será parte do passado. Oito diretores vão estudar em algumas das principais universidades dos Estados Unidos e do Canadá, como Harvard, Columbia e Pensilvânia (onde fica a escola de negócios Wharton). Eles ficarão fora de seis a nove meses fazendo pós-graduação em administração e em áreas específicas de negócios -- quando voltarem, outros profissionais farão o mesmo circuito. No curto prazo, essa medida pode ajudar a resolver um problema interno de sucessão. Dos 16 executivos do segundo escalão do banco, cinco terão de se aposentar até 2012 e outros três até 2014. O motivo é a idade-limite de 65 anos prevista no estatuto. "Para um banco de carreira fechada que quer se renovar, iniciar um programa de treinamento é uma maneira de encontrar profissionais para ser promovidos", diz um experiente consultor de recursos humanos. Embora Trabuco negue, é possível que essa movimentação seja o embrião da aguardada internacionalização do banco. "Não há outra saída para um banco que quer ser relevante no futuro", diz Antonio Bento Mendonça Neto, vice-presidente sênior da consultoria francesa Solving Efeso.

Trabuco é tido internamente como um líder carismático e que faz o que pode para tomar decisões por consenso. Mas, com discrição, como manda a tradição desde Amador Aguiar, ele não tem hesitado em ser impopular quando julga necessário. Durante seus seis anos como presidente da Bradesco Seguros, Trabuco conduziu um programa de reformas que envolveu demissões e reestruturações internas -- e, no final, tornou a empresa mais eficiente e rentável (hoje, mais de um terço do lucro do Bradesco vem da seguradora). Dado seu histórico e as primeiras mudanças já anunciadas, a expectativa nos corredores do banco é que elas continuem -- mas ninguém sabe exatamente o que está na mira do novo presidente. Por isso, o clima é de incerteza. "Ele ouve muito e fala pouco sobre projetos concretos, o que tem deixado muitas pessoas inseguras", diz um executivo que prefere se manter no anonimato. Um exemplo disso foi o que ocorreu antes da compra do banco Ibi, ligado à rede de varejo C&A, anunciada no início de junho. O negócio estava sendo discutido desde a gestão anterior, de Márcio Cypriano, mas Trabuco não deixou claro a ninguém se, de fato, concordava com a compra. "Ele questionou tudo, o preço, o objetivo da transação, e não deixou transparecer o que achava. No final, a compra só foi fechada quando toda a diretoria entrou em acordo", diz um dos presentes.

Crescer, algo que sempre esteve no DNA do Bradesco, ganhou uma importância ainda maior depois da perda da liderança do mercado bancário privado para o Itaú Unibanco. A aquisição do Ibi não foi barata -- saiu por 1,4 bilhão de reais, um preço que, comparativamente, é cerca de duas vezes o valor de mercado dos bancos de médio porte listados na Bovespa, segundo um relatório da corretora Link Investimentos. Ainda assim, é precipitado dizer que a compra foi um mau negócio. Com a aquisição, o Bradesco torna-se líder no segmento de cartões ao incorporar a base de 31 milhões de plásticos do Ibi -- boa parte deles mantida por clientes de baixa renda, o alvo declarado do banco. A compra também parece fazer parte de uma estratégia de crescer pelas beiradas e buscar a liderança em segmentos específicos do mercado financeiro. "Já que diminuir a distância que o separa do Itaú Unibanco por meio de uma grande aquisição se mostra cada vez mais complicado, porque o mercado já está bem concentrado, o Bradesco partiu para compras menores, mas importantes", diz Federico Rey-Marino, analista da corretora Raymond James. Além do Ibi, o Bradesco mantém conversas para adquirir uma participação na seguradora Porto Seguro, que domina o mercado de apólices de automóveis.

Como costuma acontecer em processos de mudanças como o que vive o Bradesco, Trabuco não está só. Aos 83 anos, Lázaro Brandão, sucessor direto de Amador Aguiar e hoje presidente do conselho de administração, dá expediente diário na Cidade de Deus e participa de todas as decisões estratégicas. Na compra do Ibi, por exemplo, Brandão e Trabuco passaram várias horas no escritório do banco na noite anterior ao anúncio do negócio para acertar os últimos detalhes. Entre março e abril, os dois, juntos, visitaram cerca de 7 000 gerentes em 34 cidades do país. Quando as mudanças imaginadas por Trabuco saírem do papel, é provável que a nova diretoria executiva fique recheada de profissionais fluentes em inglês e conhecedores das mais modernas técnicas de gestão. Talvez o novo Bradesco seja, de fato, um pouco diferente do tradicional. Mas dificilmente os novos membros do alto escalão deixarão de lado várias práticas instituídas na gênese do banco. Entre elas a de queimar sola de sapato pelos quatro cantos do país. E a de fazer isso com o máximo silêncio possível.

A nova diretoria do Bradesco
Por Giuliana Napolitano | 23.07.2009 | 10h42
Portal EXAME -
O Bradesco reorganizou a diretoria executiva, que é o segundo escalão do banco, em julho, quatro meses depois da posse do novo presidente, Luiz Carlos Trabuco. Veja abaixo o novo organograma, obtido com exclusividade por EXAME, e os executivos promovidos e demitidos:

Organograma

Arnaldo Alves Vieira (cartões e financeira)
Domingos de Abreu (controladoria)
José Luiz Acar Pedro (gestão de pessoas, organização e métodos)
Julio Carvalho de Araújo (tesouraria)
Laércio Albino Cezar (tecnologia)
Norberto Barbedo (banco de investimento, área internacional e private bank)
Sérgio Socha (crédito e financiamento)
Ademir Cossiello (marketing e produtos)
Candido Leonelli (canais de atendimento)
José Alcides Munhoz (suporte e consórcios)
José Guilherme Lembi de Faria (gestão de recursos)
Odair Afonso Rebelato (rede de atendimento)
Sérgio Alexandre Clemente (empresas)
Milton Matsumoto (gestão corporativa)
Aurélio Boni (infra-estrutura de tecnologia)
Maurício Minas (sistemas e inovação)

Executivos demitidos
Paulo Isola (cartões e financeira)
Armando Trivelato Filho (canais eletrônicos)
Luiz Pasteur Machado (compras)

Executivos promovidos
Candido Leonelli, presidente da Scopus, empresa de tecnologia controlada pelo Bradesco
Mauricio Minas, fundador da CPM Braxis, empresa de tecnologia que tem o Bradesco como um de seus principais acionistas


INADIMPLÊNCIA


Inadimplência cresce após crédito fácil e disputa de bancos no pré-crise.

da Folha Online

A inadimplência cresceu nos meses de maio e junho como consequência do crédito fácil, de longo prazo e da acirrada disputa dos bancos por clientes no período anterior ao agravamento da crise internacional, no final do ano passado. O desenho deste cenário faz parte da pesquisa da TeleCheque, empresa especializada na concessão de crédito ao varejo, divulgada nesta segunda-feira.

De acordo com a pesquisa, o principal motivo do endividamento foi o descontrole financeiro (74,65% das respostas). "Isto reforça que o agravamento da inadimplência foi resultado do acesso a um crédito excessivo antes da crise e do alto comprometimento de longo prazo, que não pode ser cumprido devido às mudanças nos ganhos salariais", afirmou o vice-presidente da Telecheque, José Antonio Praxedes Neto.

Gasto de brasileiro no exterior soma US$ 1 bi, maior desde setembro
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Segundo a pesquisa, a crise ainda impacta consumidores com renda acima de quatro salários mínimos. "Este cenário, que havia sido anunciado na pesquisa do bimestre anterior (março/abril), foi reforçado nos dois últimos meses, comprovando que a situação se agravou."

A inadimplência que entre pessoas com renda acima de quatro salários ficou em 50% no terceiro bimestre deste ano, contra 49,2% no bimestre anterior (variação de 1,6%) e 39,1% no mesmo trimestre de 2008 (diferença de 28%). Ao todo, 1.294 consumidores foram entrevistados.

Conforme o estudo, estes consumidores também são vítimas da "concorrência agressiva" entre as instituições financeira, que "estão liberando limites de crédito ao consumidor de forma independente, sem analisar os acessos ao crédito já concedidos, estimulando o descontrole financeiro".

Paralelamente, o estudo destacou ainda que houve um aumento no número de graduados inadimplentes, de 20,30% no terceiro trimestre do ano passado para 35,78% neste ano.

O perfil dos endividados, no entanto, se manteve semelhante ao de 12 meses atrás, conforme o estudo, com destaque para as mulheres (55,95% no terceiro bimestre deste ano ante 52,29% na mesma época do ano anterior), com idade entre 21 e 40 anos (58,27% contra 68,49%), casadas (46,21% ante 47,51%), com segundo grau (44,59% contra 54,27%) e com renda entre R$ 1.246 a R$ 2.490 (61,43% contra 59,44%).

segunda-feira, 27 de julho de 2009

MERCADO INTERNO ...


PRIORIZAR O MERCADO INTERNO E AGILIZAR O PAC

Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva
psxds@hotmail.com

A solução continua sendo o mercado interno e melhorar a gestão do PAC.

Após participar recentemente da reunião do G8, na Itália, o presidente Lula não deve mais ter dúvidas: está no crescimento do nosso mercado interno a solução para o Brasil demover os seus principais obstáculos derivados da atual crise econômica internacional.
Ouviu diretamente de dois dos representantes das maiores economias do planeta que o crescimento do mercado global, nos próximos anos, não vai ser suficiente para a superação da crise mundial.
O presidente Barack Obama deixou bem claro que os EUA não recuperarão os níveis de consumo do passado e Kazuo Kodama, porta-voz do ministério das relações exteriores do Japão, afirmou que mesmo que a crise seja debelada, os países mais desenvolvidos não retornarão aos patamares de crescimento observados até o primeiro semestre de 2008.
Em artigos anteriores, sempre enaltecemos a importância do nosso mercado interno, como mola propulsora para sairmos da crise. O Brasil possui um vigoroso mercado local e um empresariado competente e acostumado a enfrentar desafios.
Falta ao governo federal fazer sua lição de casa, adotando medidas eficazes de política econômica para que a aceleração do crescimento interno seja efetivamente alcançada.
Não se pode deixar de reconhecer que o governo tomou algumas providências para destravar a economia, mas foram ações pontuais, oriundas de pressões de setores econômicos mais poderosos e sem a devida coordenação macroeconômica e perdeu inúmeras oportunidades de crescimento, com a manutenção, por longo período de tempo, de elevadas taxas de juros.
A ineficácia da gestão nos programas de investimentos, conforme foi explicitado na edição do DCI, de 08/05/09, impediu a conclusão de vários projetos de infraestrutura e obras de interesse econômico e social.
A letargia e ineficiência na tomada de decisões também prejudicaram uma ação mais efetiva do governo, como papel de indutor do crescimento econômico, resultando na perda de arrecadação dos impostos e na diminuição da margem de manobra para incentivar o setor produtivo, apesar de ainda manter um alto nível de reservas, que poderá ser utilizado para reverter o fraco desempenho da economia.
A redução do IPI, para alguns setores como os automóveis, linha branca e materiais de construção, demonstrou que a nossa carga fiscal é muito elevada, bastando reduzi-la para que o consumo responda satisfatoriamente e que se tivéssemos implantado a reforma tributária, a economia estaria num plano bem superior.
Deve-se ponderar que os nossos concorrentes participantes do BRIC também possuem enormes mercados internos e com exceção da Rússia, vêm apresentando nesta fase de crise, taxas de crescimento superiores às do Brasil.
Como também já comentamos em outras ocasiões, o Brasil deveria aproveitar esta fase em que o mercado internacional está menos atraente e os nossos principais concorrentes estão preocupados em sanear seu sistema financeiro, para investir pesadamente em infraestrutura e logística, reduzir a carga tributária, os encargos trabalhistas e o custo-Brasil, para que, quando o mercado internacional retomar o seu ritmo de crescimento, o País possa apresentar vantagens comparativas e aumentar nossa participação nas exportações mundiais.
Infelizmente, o PAC – Programa para Aceleração do Crescimento, nosso principal programa de investimentos continua no mesmo marasmo.
Até que enfim um representante do governo reconheceu que o desempenho dos projetos está baixíssimo. Em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo”, edição de 05/07/09, o diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), Luiz Antonio Pagot, admitiu que o governo não estava preparado para o PAC e que há carência de pessoal qualificado e entraves burocráticos que impedem a agilização do programa.
Curioso, é que a equipe econômica está propondo que os gastos com o PAC sejam abatidos do superávit primário previsto para o próximo exercício fiscal, desconhecendo o seu inexpressivo nível de execução financeira.
Já não bastava o Presidente Lula ter justificado a escolha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para candidata à presidência, nas próximas eleições, pela sua competência na gestão daquele programa, considerando-a como “a mãe do PAC”.
Se o PAC é tão importante assim, e de fato não se discute a sua relevância, este programa tem que ter prioridade total.
Que tal o Presidente Lula exigir de sua equipe de governo maior dedicação e competência para o PAC, e, cobrar mais empenho e resultado da Ministra Dilma, em vez dela continuar sonhando com a presidência e “ficar arrastando seu sari no mercado”.

Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva é economista graduado pela Universidade de São Paulo (USP), consultor e assessor empresarial, especializado na recuperação e expansão de empresas em dificuldades financeiras.
www.paulosergioxavier.zip.net

domingo, 26 de julho de 2009

EDUCAÇÃO



Você quer ficar rico como professor? A Coréia do Sul pode ser um bom exemplo de como a educação é levado a sério. Lá eles têm uma filosofia que nos parece evidente: "A melhor herança que os pais podem deixar aos filhos é a educação".

A Coreia do Sul conseguiu deixar de ser um país miserável e destruído pela guerra, passando a fazer parte do rol de países desenvolvidos, em grande parte, graças aos investimentos maciços em educação básica. Foi uma revolução pela educação. O que pode ser questinável é a rígida disciplina imposta aos estudantes, vindo depois aos trabalhadores. Veja um comentário a respeito neste link com o título "Minhas escapulidas no esquema coreano".

Assista ao vídeo no link abaixo e tire suas conclusões sobre a valorização do professor.
http://tvig.ig.com.br/136224/professores-milionarios-na-coreia-do-sul.htm

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Curitiba é a capital do país com melhor
ensino público do país nas séries iniciais

Por Amanda Cieglinski, repórter da Agência Brasil
20 junho, 2009

Brasília - Das 27 capitais avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC) em 2007, 15 apresentaram resultados abaixo da média nacional (4,2) no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), considerando os anos iniciais (1ª a 4ª série) do ensino fundamental. Curitiba obteve o melhor resultado: 5,1. Na avaliação dos anos finais do ensino fundamental, ou seja, 5ª a 8ª série, o melhor desempenho foi do Rio de Janeiro, com 4,2.

A capital paranaense já atingiu em 2007 a meta de qualidade para 2009 nos anos iniciais e finais do ensino fundamental. A secretária municipal de educação, Eleonora Bonato Fruet, conta que em 2005 foi realizado um amplo diagnóstico sobre a realidade das escolas, levando em conta fatores socioeconômicos das regiões, a escolaridade dos pais, a formação dos professores e a infra-estrutura das unidades.

“Você tem que entender essa realidade, que às vezes é tão dura, para desenvolver práticas metodológicas que dêem conta dessa situação”, acredita.

Eleonora aponta como outro fator de sucesso o fato de a cidade ser a capital com a menor taxa de analfabetismo. “A participação da família é determinante, a escolaridade da mãe é um dos fatores fundamentais para o bom rendimento dos alunos”, defende.

Para estimular a interação com a família, 66 das 172 escolas municipais abrem para atividades no fim de semana. Os professores também recebem cursos de especialização e parte deles é dispensada para fazer mestrado e doutorado.

Nas séries iniciais do ensino fundamental, Belém (PA) foi a capital com menor índice: 3,2. O indicador manteve-se estável de 2005 para 2007, resultado já previsto no plano de metas do MEC. Nos anos finais do ensino fundamental, ou seja, 8ª série, o resultado foi pior: caiu de 3,1 para 2,9. A meta para 2007 era que o índice se mantivesse em 3,1.

Nenhuma capital registrou queda nas notas iniciais no Ideb em comparação a 2005. Campo Grande (MS) registrou o maior crescimento, passando de 4,0 em 2005 para 4,9 em 2007, ultrapassando a meta prevista para 2011. Salvador aumentou 0,7 pontos na nota, passando de 2,8 para 3,5. O Ideb de Florianópolis subiu de 4,0 para 4,6. Manaus e Cuiabá também registram melhora, com crescimento de 0,5 pontos.

Desempenho das capitais no Ideb
- séries iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª série)


Fonte: Ranking baseado em dados do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
Município Ideb 2005 Ideb 2007
Curitiba (PR) 4,7 5,1
Campo Grande (MS) 4,0 4,9
Brasília (DF) 4,5 4,8
Belo Horizonte (MG) 4,6 4,8
Rio de Janeiro (RJ) 4,3 4,6
Florianópolis (SC) 4,0 4,6
Palmas (TO) 4,1 4,4
São Paulo (SP) 4,3 4,4
Boa Vista (RR) 3,9 4,3
Rio Branco (AC) 3,9 4,2
Vitória (ES) 4,0 4,2
Goiânia (GO) 3,9 4,2
Porto Alegre (RS) 3,8 4,1
Cuiabá (MT) 3,6 4,1
São Luís (MA) 3,8 4,0
Teresina ( PI) 3,8 4,0
Porto Velho (RO) 3,6 3,9
Recife (PE) 3,3 3,8
Manaus (AM) 3,6 3,7
Maceió (AL) 3,1 3,5
Macapá (AP) 3,4 3,5
Salvador (BA) 2,8 3,5
João Pessoa (PB) 3,1 3,5
Fortaleza (CE) 3,3 3,5
Natal (RN) 3,1 3,4
Aracaju (SE) 3,2 3,4
Belém (PA) 3,2 3,2




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sexta-feira, 17 de julho de 2009

TREM BALA - SÃO PAULO RIO


Estudo aponta custo de R$ 34,6 bi para trem-bala Rio-SP
sexta-feira, 17 de julho de 2009
O valor é 57,4% superior à previsão inicial do Programa de Aceleração do Crescimento(PAC), de aproximadamente R$ 22 bilhões
Por: Agência Estado

O trem-bala Campinas/São Paulo/Rio de Janeiro custará, para ficar pronto, R$ 34,626 bilhões. O valor consta de estudo encomendado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e divulgado hoje pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O valor é 57,4% superior à previsão inicial do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de US$ 11 bilhões (aproximadamente R$ 22 bilhões).

Somente as obras civis custarão R$ 24,583 bilhões ou 71% do total estimado. As desapropriações e medidas socioambientais que terão de ser tomadas por conta da obra responderão por 11,3% dos custos, ou R$ 3,894 bilhões. A aquisição dos sistemas e equipamentos representará R$ 3,409 bilhões (9,8%) e o material rodante, mais R$ 2,739 bilhões ou 7,9%.

O diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, disse à Agência Estado que o que faz os custos do trem-bala serem elevados são principalmente fatores relacionados ao seu trajeto. "É o fato de ter muito túnel e a subida da Serra das Araras. Nesse trajeto, ele tem condições especiais, que levam ao custo mais alto do que se o terreno fosse plano", disse. "Quando se fez o PAC, não havia projeto ou estudos traçados. Só o que se fez foi uma estimativa preliminar. Aquilo era apenas uma referência", disse.

O diretor, entretanto, ressalta que, apesar do alto custo, o projeto é viável. Segundo ele, é preciso agora analisar qual será o suporte que terá que ser dado pelo Estado para a construção. Figueiredo já disse em outras ocasiões que o projeto trem-bala não deveria ser feito apenas com recursos privados. Segundo ele, em cerca de 10 dias, será completada a avaliação econômica e financeira do projeto na qual constará qual deverá ser a fatia de participação do governo.

Fluxo de passageiros

O estudo divulgado pela ANTT mostra que, se o trem-bala já existisse em 2008, ele absorveria cerca da metade do fluxo de passageiros que fazem o trajeto Rio-São Paulo. Segundo o estudo, em 2008, 7,3 milhões de pessoas fizeram a viagem entre as duas cidades. Deste total, 3,5 milhões teriam usado o trem-bala, de acordo com o levantamento, e 2,3 milhões teriam feito de avião. O restante teria feito a viagem em automóveis ou ônibus.

O trabalho calcula ainda que, em seu primeiro ano de funcionamento, previsto para 2014, o trem-bala deverá gerar uma receita total de R$ 2,3 bilhões, incluindo os serviços expressos de São Paulo ao Rio e do Rio a Campinas e os regionais como, por exemplo, do Rio de Janeiro a São José dos Campos ou de Volta Redonda a Campinas. Em 2024, a receita anual estimada pularia para R$ 3,5 bilhões e, em 2044, a receita por ano seria de R$ 5,7 bilhões.

O documento também estima que, no primeiro ano de atividades, em 2014, o serviço contaria com 42 trens operando, sendo que 14 fariam viagens expressas e 25 operariam os trajetos regionais. Outros três ficariam na reserva. Em 2024, a quantidade de composições saltaria para 84, sendo 28 no serviço expresso, 50 nos regionais e seis na reserva.

A ANTT também calcula que, nos horários de pico, ou seja, no início da manhã e no final da tarde, os serviços expressos contariam com três trens por hora na mesma direção. Com isso, o intervalo de saída entre uma composição e outra seria de 20 minutos. Fora do horário de pico, esse intervalo aumentaria para 40 minutos. Os trens teriam 458 assentos no serviço expresso e 600 assentos no serviço regional. O serviço expresso sairia de São Paulo no Campo de Marte, na zona norte, e chegaria ao Rio na Barão de Mauá. O tempo da viagem é estimado em uma hora e 33 minutos, a uma velocidade de aproximadamente 280 quilômetros por hora.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

ABILIO DINIZ


O estilo de gestão de Abilio Diniz
Historicamente um centralizador, Abilio decidiu deixar de apitar no Pão de Açúcar durante quatro anos - e se arrependeu. Agora ele fica na mesma sala da diretoria, que só toma decisões estratégicas se lhe convencer dos benefícios

EXAME -
Quando assumiu o controle do Pão de Açúcar, no início da década de 90, o empresário Abilio Diniz adotou um estilo centralizador de gestão. "Eu era o presidente, o superintendente e o cara que estava com a mão na massa", admite. Entre 2003 e 2007, Abilio alterou radicalmente sua postura. Passou a presidir o conselho do maior grupo de varejo do país e, mesmo quando achava que seus diretores estavam errados, deixava que eles tomassem as decisões para que aprendessem com seus erros. Com os resultados fracos apresentados pela empresa, Abilio resolveu mudar novamente. Em entrevista à gestora de recursos Rio Bravo, que investe em ações do Pão de Açúcar, ele revela que encontrou um meio-termo. Abilio Diniz voltou a trabalhar na mesma sala que os diretores e as decisões estratégicas só são tomadas se ele e o conselho estiverem convencidos dos benefícios. No entanto, o dia-a-dia da empresa ficou a cargo da diretoria. Leia a seguir os principais trechos da entrevista:

Profissionalização: Quando tomei as rédeas da empresa nos anos 90 eu centralizei tudo comigo. Eu era o presidente, o superintendente e o cara que estava com a mão na massa. De 2003 para cá, decidi que essa empresa não poderia viver tão dependente de mim. E aí decidi pela profissionalização, com uma diretoria sem nenhum Diniz como executivo. Todos nós fomos para o conselho, presidido por mim.

A jogada mais ousada de Abilio

Essa transição de uma empresa liderada por uma única pessoa durante muito tempo, para uma diretoria profissional não foi fácil. Nós tivemos cinco anos que passamos andando de lado (de 2003 a 2007). Felizmente no final de 2007, fizemos uma mudança, reestruturamos a diretoria executiva e, hoje, o crescimento da companhia, do início de 2008 pra cá, tem sido sensacional. Tudo aquilo que conseguimos é resultado deste clima, principalmente agora com um time altamente identificado. Temos um ambiente hoje que é realmente fantástico. Eu trabalho na mesma sala que eles, à disposição deles para o que precisarem. Agora o dia-a-dia é com eles

Estilo de gestão: De 2003 e 2007, deixei que a diretoria fizesse praticamente aquilo que quisesse e aprendesse através de seus erros. No início desta nova gestão, no final de 2007, declarei que não faria mais isso. Se houvesse alguma coisa que eu estivesse vendo acontecer com a qual eu não estivesse de acordo, a diretoria teria que me convencer. Se não me convencesse eu levaria para o conselho. Se não convencesse nem a mim nem ao conselho, não iriam fazer. Essa foi uma mudança. Só que com a diretoria que temos hoje não tivemos nenhum caso deste. Tem-se um ambiente diferente, de consulta, de respeito, de diálogo e de consenso. É claro que como tudo na vida há divergências, mas o importante é sabedoria para trabalhá-las, é tirar dali, senão um consenso, pelo menos um acordo de adesão que permita seguir em frente com o comprometimento de todos.

Compra do Ponto Frio: A compra da Globex [controladora do Ponto Frio] foi considerada estratégica pelo conselho do Pão de Açúcar. Há cinco anos na elaboração do planejamento estratégico, que é atualizado anualmente, definimos que teríamos que crescer e sermos muito fortes em não-alimentos. Temos os hipermercados que representam cerca de 50% das nossas vendas. Esse tipo de loja só se sustenta nos dias de hoje se for realmente muito eficiente no não-alimento. Lá você encontra toda a gama de não-alimentos: vestuário, eletroeletrônicos, artigos de informática, etc.

Portanto, os hipermercados têm que ser um canal de distribuição muito forte em não-alimentos, segundo o que acreditamos. Na questão dos eletroeletrônicos, é necessário escala e nós, com a venda somente nos supermercados e uma pequena rede de magazine, não tínhamos dimensão e escala suficiente para podermos oferecer uma opção de compra muito boa para o consumidor. Somos os primeiros e os maiores vendedores de informática no Brasil, mas no restante da linha nunca fomos tão fortes, embora tenhamos condições de financiamento melhores do que nos chamados especialistas.

Então, para que tenhamos escala, achamos que deveríamos fazer, nesse momento, uma aquisição que fosse oportuna, que nos desse uma outra dimensão e que desse um impulso na parte de eletroeletrônicos e móveis. Enfim, toda essa área vai crescer muito com a aquisição do Ponto Frio.

Sobre a virada do Ponto Frio: Se eles tivessem uma geração de caixa adequada, provavelmente não teriam vendido e nós não teríamos comprado nem teríamos muito o que fazer lá. A geração de caixa deles é baixa, há enormes oportunidades para uma gestão eficiente, que tenho certeza que vamos colocar e é isso que estamos visualizando pela frente. Estamos muito satisfeitos com a aquisição.

Sobre a compra do Assai: Desde o fim de 2007, estamos com o formato Assai, uma empresa em que inicialmente adquirimos uma participação de 60% porque não éramos detentores do know how para trabalhar no “atacarejo” [lojas especializadas em atender pequenos negócios, como restaurantes e pizzarias]. O formato “atacarejo” está sendo um sucesso em nossas mãos, estamos aumentando o número de lojas e vamos continuar fazendo isso.

Extra Perto: As lojas de vizinhança estão tendo mais sucesso principalmente pelas dificuldades de locomoção nas grandes cidades. É natural que quando a pessoa precisa de pequenas compras, dê preferência para as lojas de conveniência, muitas vezes muito próximos de suas residências. Lá o consumidor pode com facilidade adquirir os produtos que deseja sem ter que usar o carro. Vamos continuar nosso projeto, devemos abrir cerca de 50 lojas neste ano no formato Extra Fácil, que é o formato das lojas de conveniência. Da mesma forma que vamos continuar abrindo hipermercados, "atacarejos" Assai e supermercados, principalmente o Pão de Açúcar, onde são realmente as lojas que têm a nossa cara.

Abertura de capital: O caminho que eu mais gosto é de uma empresa aberta. O compromisso que você obtém em uma empresa aberta entre todos os gestores é enorme, pela visibilidade que uma empresa aberta precisa ter. Teoricamente não pode errar, não pode falhar - tem que estar sempre fazendo o seu papel e da melhor forma possível porque você está sendo constantemente vigiado. Eu gosto muito de empresas de capital aberto. Meu sócio francês [o Casino] é uma companhia de capital aberto. Não mudou nada com a entrada deles aqui. Somos uma empresa hoje com dois sócios controladores e o mercado. Acho extremamente importante a participação do mercado. Na realidade, um dos nossos membros do conselho (nós temos quatro membros independentes) é representante dos acionistas minoritários e ele é hoje um grande conselheiro para nós.

Como é controlar um grupo gigante como o Pão de Açúcar: Sou uma pessoa com visão de futuro sem perder a realidade do momento atual. Gosto de projetar metas, de ter planos B se as coisas não correrem como eu pensava. Em 1993 e 1994, quando eu adquiri o controle da companhia, eu já pensava em abrir seu capital para fortalecê-la. Vou fazer isso de forma ampla e vou buscar um sócio estratégico que me traga capital e que, se possível, me traga mais conhecimento e mais força. Segui por esse caminho e acho que tivemos sucesso. Não me incomodo em nada de compartilhar decisões, de discutir coisas com sócios. Acho que o importante é fazer as coisas mostrando aos outros que é o melhor caminho e não fazer simplesmente porque você tem o comando. Evidentemente trabalhar com o mercado às vezes não é tão fácil. Às vezes é difícil mostrar para o mercado exatamente o trabalho que você está fazendo, mas é o que tem que ser feito. Com relação aos meus sócios, por que nos damos tão bem? Porque todas as coisas que eu quero fazer, desde que eu tenha direito de fazer, eu digo a eles que quero fazer por esse e aquele motivo.

Relação com funcionários: Eu não quero sacrifícios. Eu quero funcionários com comprometimento e garra, mas com férias, com divertimento, cuidando das suas famílias e de si e que sejam felizes. Aquilo que faço para mim, eu prego para as pessoas que trabalham aqui dentro. O Abílio quer que a empresa continue crescendo com novos desafios. Mas aproveito muito e quero continuar aproveitando. Quero continuar aceitando os desafios, fazendo essa empresa crescer. Quero que ela gere empregos para o país. O problema do Brasil ainda é geração de empregos.

Planos futuros: Estamos praticamente em todos os formatos conhecidos do varejo, o que não quer dizer que não se invente outros. Tudo aquilo que existe de interessante na parte de distribuição e nós achamos que é adequado, estamos estudando. Estamos desenvolvendo fortemente o comércio eletrônico, a área de internet vai crescer muito mais com a integração do Ponto Frio que é bastante forte, praticamente do tamanho do Extra.

domingo, 12 de julho de 2009

PROGRAMA MINHA CASA-MINHA VIDA=Lei 11977.


LEIA EM PRIMEIRA MÃO E VEJA COMO IRÁ INFLUENCIAR SUA VIDA !!
PROF. DUTRA.


Lei n°. 11977 de 07 de julho de 2009

Conversão da Medida Provisória nº. 459 de 25 de março de 2009 na Lei n°. 11977 de 7 de julho de 2009. Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas; altera o Decreto-Lei no 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis nos 4.380, de 21 de agosto de 1964, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Medida Provisória no 2.197-43, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.

A TABELA PRICE E A CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

A Lei nº 11977 de 7 de julho de 2009, que permite a capitalização de juros de juros e aprova a utilização da Tabela Price, é uma prova inconteste do desconhecimento generalizado dos conceitos fundamentais da matemática financeira e dos critérios utilizados no mundo para cálculo de operações de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Em pleno século XXI, o nosso Brasil, que faz parte de um grupo seleto de países denominado G-20, e frequentemente convidado para participar de um grupo ainda mais especial, o G-8, ainda tem a necessidade de uma Lei para permitir que se faça o óbvio. A proibição de se capitalizar juros bate de frente com tudo que se faz no mundo real, não só no que se refere às práticas internacionais no mercado financeiro e de capitais, como também em tudo que se ensina nas universidades e nos textos dos livros de finanças dos autores mais conceituados. Pode-se assegurar que a quase totalidade das operações financeiras realizadas no mundo, bem como todos os estudos de viabilidade econômico-financeira, são efetivados com base no critério de juros compostos, ou capitalização composta. Proibir a capitalização dos juros implica em colocar na marginalidade os fundamentos de uma ciência matemática respeitada, aplicada e reconhecida no mundo inteiro.

Mas, o que é a Tabela Price? Nada mais do que uma fórmula matemática utilizada para o cálculo do valor das prestações iguais, normalmente mensais, para amortização de empréstimos ou financiamentos, de uso generalizado no mundo, e que apenas no Brasil é chamada de Price. Essa fórmula é deduzida com base na teoria de juros compostos, como também são todos os outros planos conhecidos e utilizados no Brasil, como o SAC (Sistema de Amortização Constante), o SAM (Sistema de Amortização Misto) e o SACRE (Sistema de Amortização Crescente). Essa observação é importante visto que, em quase tudo que tenho lido e ouvido sobre sistemas de amortização, fica quase sempre implícito que o SAC é um sistema de amortização calculado com base no critério de juros simples. É possível provar, sem apelar para demonstrações matemáticas complexas, que esse plano também é calculado com base na teoria de juros compostos.

A observação de fatos diretamente relacionados com os sistemas SAC e PRICE tem provocado afirmações totalmente equivocadas por parte de peritos, juristas, especialistas (com aspas e sem aspas), e principalmente pelos profissionais da imprensa. Em matérias publicadas pelos principais jornais e revistas deste país é quase unânime a conclusão de que o SAC é melhor que o PRICE porque a soma das prestações do primeiro é menor. Nada mais falso! Pode-se também comprovar, matematicamente, que esses dois planos, do ponto de vista econômico-financeiro, são equivalentes.

Pelo acompanhamento que faço, sei que os artigos e parágrafos dessa Lei, que permitem a capitalização de juros e a utilização da Tabela Price, foram aprovados graças ao empenho de alguns técnicos e políticos comprometidos com a racionalidade e transparência. Não tenho dúvidas que a aprovação dessa Lei trará grandes benefícios para a sociedade brasileira, particularmente nos campos social, financeiro e do ensino. Ela deve ser comemorada principalmente como uma vitória das ciências matemática, financeira e jurídica.

José Dutra Vieira Sobrinho


Integra da Lei : LEI DIRETO
www.leidireto.com.br
Acesse :
http://www.leidireto.com.br/lei-11977.html

sexta-feira, 10 de julho de 2009

HOPI HARI.


Vai ser difícil consertar
Inspirado na Disney World, o Hopi Hari se tornou um mico para a GP e os quatro fundos de pensão que o controlavam. Por que seus novos donos acreditam que podem transformá-lo num reino de fantasia e de lucros

Epitacio pessoa/AE Hopi Hari: modelo de negócios de parque para as classes A e B no país da classe C Por Denise Carvalho | 09.07.2009 | 00h01
Revista EXAME -
O Hopi Hari, maior parque de diversões do Brasil, foi inaugurado em 1999 com o objetivo de reproduzir a fórmula de sucesso do Magic Kingdom, a unidade mais famosa do complexo da Walt Disney Company, em Orlando, na Flórida. O projeto foi fundamentado em um cenário econômico de mundo da fantasia: inflação controlada, real valendo mais que o dólar, aumento de renda da população e economia em expansão. Apenas em sua construção, o Hopi Hari consumiu 200 milhões de dólares, num investimento conjunto da GP, maior gestora de fundos do país, e de quatro fundos de pensão - Previ, Funcef, Petros e Sistel. A expectativa era que pelo menos parte dos 300 000 brasileiros que viajavam todos os anos para os parques da Disney em Orlando passasse a frequentar também o complexo de entretenimento erguido em Vinhedo, no interior de São Paulo. Parte dos pilares que sustentavam o plano de negócios, no entanto, desmoronou antes mesmo de o parque abrir as portas. No início de 1999, o real sofreu uma brutal desvalorização. Logo depois, a economia brasileira iniciou um período de quase estagnação. Mesmo com a volta do crescimento, as projeções de atrair 3 milhões de visitantes e alcançar um faturamento de 200 milhões de reais por ano jamais se concretizaram. Em 2008, o melhor ano de toda a história do parque, o Hopi Hari recebeu 1,8 milhão de turistas e faturou 70 milhões de reais. Cansados de prejuízos e acuados por uma dívida estimada em 500 milhões de reais, os controladores do negócio venderam no mês passado o parque aos sócios da consultoria Íntegra Associados, especializada em reestruturação de empresas. A consultoria assumiu o Hopi Hari com o objetivo de fazer o parque dar lucro em 18 meses - algo que a GP e os fundos nunca conseguiram em quase uma década.

ESTRATÉGIA.

Os planos da Íntegra para tirar o Hopi Hari do limbo concentram-se em duas frentes. A primeira é pagar a parte da dívida que ainda restou com o BNDES depois de concluído o acordo de aquisição, equivalente a 180 milhões de reais. Em meio às negociações de compra, a Íntegra conseguiu estender o prazo de pagamento de dez para 30 anos, o que deu maior fôlego à operação. A segunda frente diz respeito à estratégia. De imediato, a Íntegra realizou um aporte de 10 milhões de reais no caixa do Hopi Hari, que devem custear as próximas promoções com o objetivo de aumentar o número de visitantes. A primeira delas é uma série de eventos especiais durante o mês de julho, período de férias escolares. Pode parecer banal, mas essa é a primeira vez que o Hopi Hari desenvolve um evento desse tipo em julho. A nova administração também planeja aumentar os investimentos em publicidade. A previsão é que em 2009 sejam aplicados 9 milhões de reais na divulgação do parque, o dobro do valor aplicado anualmente desde 2006. Mas a verdadeira marca da virada, segundo os executivos do Hopi Hari, será visível no segundo semestre do ano que vem. Trata-se da instalação de uma nova montanha-russa, avaliada em 12 milhões de reais. É o primeiro investimento realizado no parque desde a inauguração. "A ideia é estimular os visitantes a vir ao parque com mais frequência", diz Armando Pereira Filho, diretor-presidente do Hopi Hari. "Nosso visitante costuma voltar ao parque em média a cada dez meses. Queremos que esse intervalo passe a ser de sete meses."

Os desafios de recuperação do Hopi Hari, contudo, vão além do aumento de verba de marketing e da renovação de atrações. Os novos controladores terão de resolver problemas estruturais. O Hopi Hari foi concebido como um parque temático de padrão internacional, voltado para um público de alta renda. No entanto, o afluxo desse tipo de visitante se mostrou insuficiente para manter a operação. A média do preço dos bilhetes foi então reduzida, com promoções agressivas, para se adequar ao bolso dos visitantes com menor poder aquisitivo, o que prejudicou tanto a rentabilidade quanto os investimentos capazes de manter o padrão internacional - a previsão inicial era que os ingressos custassem o equivalente a 40 dólares. O preço atual é de cerca de 25 dólares. "O Hopi Hari é como um avião projetado para voar apenas com classe executiva operando em um mercado em que as pessoas só têm dinheiro para viajar em classe econômica", diz um consultor especializado no setor.

Os solavancos da economia e as peculiaridades do mercado brasileiro transformaram o Hopi Hari quase numa antítese do Magic Kingdom, parque que o inspirou. Construído à beira da rodovia dos Bandeirantes, a 70 quilômetros de São Paulo, o Hopi Hari fica no meio do nada. Longe da capital, seu principal polo gerador de visitantes, o empreendimento registra uma lotação desmedida nos fins de semana (o que, às vezes, torna o passeio um martírio), enquanto passa os outros dias da semana com público abaixo da média. A localização nos arredores do Aeroporto de Viracopos, o que seria uma vantagem, é hoje mera curiosidade, uma vez que apenas 19% dos visitantes vêm de outros estados - um número ínfimo para um parque de sua dimensão. Concorrentes nacionais menores, como o Beto Carrero World, em Santa Catarina, recebem cerca de 50% dos visitantes de outros estados e de países como Argentina, Chile e Uruguai. "Para ter um fluxo contínuo de visitantes, os grandes parques precisam estar dentro do mapa turístico. Sem essa condição, tornam-se inviáveis", diz Luiz Mauro, vice-presidente da US Travel Association, que representa no Brasil as operadoras de turismo americanas.

Como acontece com outros setores da economia mundial, a indústria global de entretenimento e parques de diversões vive um momento particularmente difícil. Apenas nos Estados Unidos, o maior mercado do mundo para esse tipo de negócio, o volume de visitantes dos 500 parques instalados caiu 10% em 2008. A previsão é que neste ano o setor registre queda de 15% em relação ao faturamento de 15 bilhões de dólares no ano passado. Parques como Disney, Universal Studios e Busch Gardens têm oferecido pacotes promocionais, com descontos de até 20%, para voltar a atrair público. O grupo americano Six Flags não resistiu à crise e pediu concordata, vergado por uma dívida de 2,4 bilhões de dólares. No Brasil, o cenário é mais otimista e a expectativa é que o setor cresça até 15% - estima-se que o faturamento dos 15 maiores parques em 2009 seja de 600 milhões de dólares. Não deixa de ser um alento para os executivos da Íntegra, cujo trabalho para levantar o Hopi Hari deve ser tão emocionante daqui para a frente quanto um mergulho na montanha-russa.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

O SILENCIO DO SENADOR EDUARDO SUPLICY.


Outro dia, conversando com um amigo, descobri que ele era fã do Eduardo Suplicy. Meu amigo fez rasgados elogios ao eterno senador. Discordei na hora, e argumentei que poderia dar mais de uma dezena de razões para não admirá-lo como político. Aliás, como pessoa comum, eu o elegeria um dos homens mais puros da terra.
Alinhavei as razões das minhas ressalvas:
Vamos lá:
Suplicy é tão ingênuo que acha que sabe de tudo o que acontece no congresso.
Não sabe.
Quando querem tramar alguma barbaridade, os políticos sempre procuram esconder do Suplicy o que estão aprontando.
Quando querem dar um ar nobre a uma idéia estapafúrdia qualquer - dessas que nascem ao borbotões em Brasília - os políticos dizem: peguem o apoio do Suplicy e vocês ganham a mídia e a opinião pública.
Suplicy acha que todo pobre é um anjo disfarçado e a pobreza é a reserva moral da humanidade.
Uma crença dessa só é possível para quem nunca foi pobre como é o seu caso.
Ele não conhece trabalho duro e por isso tem imensa dó de quem trabalha.
No entanto nunca demonstrou dó de quem é obrigado a dar quase a metade do salário ao governo na forma de impostos de todo tipo.
Aliás Suplicy adora dar esmola aos pobre; quase chora quando fala da sua monomaníaca “renda mínima”. Acredito que nem sabe o que é renda. Renda é o que rende do trabalho de alguém. Dar dinheiro para pobre - mesmo que pela nobre razão de matar-lhe a fome - não é distribuir renda, é dar esmola ou dar presente. É dar esmola com o bolso alheio, ainda por cima.
Outra coisa, o senador é uma espécie de bobo da corte em Brasília. Gostam de ouvi-lo quando precisam acalmar as consciências pesadas e dão bordoadas nele quando se empolga e começa a exagerar em suas cantilenas.
Essa pureza ingênua acaba criando um ar menos fétido à classe política e isso não é bom para o povo. Sem querer, Suplicy transformou-se numa espécie de reserva moral dessa classe e isso é um absurdo.
Por fim, embora seja honesto e sincero como pouca criatura nesta terra, Suplicy não é um radical, nunca quis ser um São Francisco que abriu mão de todo conforto, de todo luxo e foi viver com os mendigos e experienciar a vida dos que não possuem absolutamente nada. Pelo contrario, cultiva com carinho a boa e confortável vida que herdou dos pais.
Uma coisa positiva nele é que jamais segue rigorosamente a cartilha do PT. Nunca foi confiável à cúpula do mesmo. Embora seja um ícone luminoso da história da esquerda brasileira, não participa do núcleo de poder do partido; seus dirigentes preferem ostentá-lo como figura imaculada e exemplar da atividade parlamentar, uma figura decorativa apenas.
Suplicy tem consciência, segue suas convicções acima de tudo e de todos, uma coisa raríssima nesse mundo de personagens gelatinosas e fugidias. Todo mundo sabe o que pensa o senador, todo mundo sabe que será bem tratado por ele. Respeita tanto parceiros de militância quanto adversários ideológicos.
Não sei se convenci meu amigo, mas percebi que ele ficou quieto e pensativo por algum tempo e depois mudou de conversa. Nunca mais tocou no assunto.


Quem não falar agora nunca mais será ouvido pelo Brasil que presta
22 de junho de 2009

O suspeitíssimo silêncio dos oposicionistas, sublinhado pelo sumiço dos éticos, foi quebrado no domingo pelo pernambucano Sérgio Guerra. ”No cargo de diretor-geral, Agaciel Maia foi o operador de um grupo de senadores”, disse o presidente nacional do PSDB. ”O que o grupo queria, ele resolvia, e por isso ficou tanto tempo. Agora continua intimidando todo mundo, com a mesma cara e a mesma autoridade”. Parecia um bom começo. Mas era tudo o que Guerra tinha a dizer.

Os brasileiros decentes exigem que Guerra complete e traduza com clareza e coragem o falatório cifrado. Quem faz parte do grupo que teve Agaciel como operador? O que é que o grupo quis e o diretor-geral resolveu? Quantos e quais senadores compõem esse “todo mundo” que o delinquente federal anda intimidando? De quais segredos Agaciel se apoderou para virar extorsionário? Sérgio Guerra é senador faz tempo. Conhece suficientemente o clube dos pais da pátria para saber quem é quem. Se não contar o que cada sócio fez ou deixou de fazer, será apenas outro cúmplice por omissão.

Nesta segunda-feira, também renunciou à mudez o senador Artur Virgílio. As declarações e o discurso na tribuna melhoraram o ânimo dos homens honestos, mas imploram por mais capítulos. O tucano amazonense passou ao largo do coração das trevas que Sérgio Guerra apenas tangenciou. Só confirmou a desconfiança nacional: entre os chantageados por Agaciel Maia figuram remanescentes da diminuta bancada dos aparentemente honrados . Mas nenhum deles, presume-se, está no “grupo” a quem Agaciel serviu como operador.

”Ele acoelhou o Pedro Simon, o Eduardo Suplicy, o Cristovam Buarque”, exemplificou o tucano amazonense. Cristovam entrou em recesso por achar que deve ao superfuncionário do Senado o emprego da mulher no Congresso. Simon e Suplicy, para não terem de penitenciar-se de viagens ao Exterior ─ um com a mulher, outro com a namorada. ”É por isso que, quando a gente fala do Agaciel, eles fogem do plenário”, disse Virgilio. “Nenhum deles fez nada de grave, mas, infelizmente, a imprensa criminalizou esses episódios”.

Se os contrange o envolvimento em episódios menores, o que esperam todos para se curarem de vez da afasia oportunista e vocalizarem a indignação aprisionada na garganta dos eleitores honestos? Se estão fora do bando mencionado por Sérgio Guerra, por que não desmascaram os senadores homiziados nas catacumbas atulhadas de atos secretos e espertezas ultrajantes?

E onde andam os outros? Por que Jarbas Vasconcelos deixou de incomodar-se com o mau cheiro que até recentemente o nauseava? O que impede Álvaro Dias de tratar José Sarney como um pecador comum? Por que o próprio Artur Virgílio não escancara com a habitual veemência o que fizeram, fazem e farão os renans, jucás, idelis e outras abjeções vizinhas?

É bom que os senadores sem vínculos com a quadrilha recuperem a voz de imediato. Que falem agora ou se calem para sempre, o mais silenciosamente possível. Porque nunca mais conseguirão ser ouvidos pelo Brasil que presta.

Felizmente, o Senado Federal reage e toma medidas com vistas a corrigir os sérios problemas que foram constatados nas últimas semanas. Terça-feira, a Mesa Diretora anunciou a instalação do Portal da Transparência no sítio eletrônico do Senado. Nele constarão informações relativas à execução orçamentária e financeira; licitações e contratos; verbas indenizatórias; contratos de mão de obra; boletins suplementares e a relação dos funcionários do Senado Federal com a respectiva lotação e o cargo. Atendendo a requerimento que apresentei, a Mesa Diretora anulou, a partir desta semana, os efeitos do Ato, de 2000, que concedia auxílio médico vitalício ao Diretor-Geral e ao Secretário-Geral da Mesa.

É praticamente certa a aprovação do projeto de resolução do Senador Arthur Virgílio, também assinado pelo Presidente José Sarney, que prescreve que o novo Diretor-Geral deverá ser aprovado pelo Plenário; e seu mandato, deverá ser de dois anos, renovável só por mais dois, conforme projeto do Senador Aloísio Mercadante.

Além de divulgar o relatório da Comissão, que investigou os atos assinados de 1995 a 2009 e não publicados, foram anunciadas outras medidas: auditoria do Tribunal de Contas da União na folha de pagamento e nos contratos; e eliminação das folhas suplementares de pagamento. Uma Comissão Especial de Sindicância identificará os beneficiários desses atos, por que foram mantidos secretos e quem determinou que não fossem publicados.

Os Senadores Pedro Simon, José Nery e eu recebemos do Presidente do Sindicato dos Servidores do Senado Federal, Sindilegis, Magno Lessa, suas preocupações com respeito ao Projeto de Resolução que apresentei, o qual dispõe que o Senado Federal deverá publicar, no seu sítio eletrônico, o nome de todos os seus servidores, função, lotação – que já está no Portal da Transparência – e a remuneração. Ele argumenta que a proposição fere o princípio da privacidade, além de instar o seqüestro dos servidores. Ponderamos que deve prevalecer o princípio da publicidade, previsto no Artigo 37 da Constituição. Conforme os Professores Gofredo Silva Telles e José Affonso da Silva asseguraram em pareceres elaborados, quando fui Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, e providenciei a publicação de todas as remunerações: é direito do povo que os paga saber o quanto recebem os servidores. A remuneração de senadores é de R$ 16.500,00 e não nos torna mais sujeitos a sermos assaltados do que os demais cidadãos. Privacidade de fato refere-se a como se gasta o salário.

O Senador Antonio Carlos Jr. foi designado relator deste projeto na Comissão de Constituição e Justiça. Disse que vai ouvir a todos os lados, inclusive o Prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo, que tornou pública a folha salarial dos servidores municipais, para saber dos efeitos dessa medida.

Acredito que a transparência completa em muito contribuirá para coibir as irregularidades.

por Eduardo Suplicy // 01/07/2009 - 16:56

Quinta-feira, 9 de Julho de 2009

9 DE JULHO ...

Uma data que não pode ser esquecida


Luiz Gonzaga Bertelli *, Jornal do Brasil RIO -


A proximidade da data de 9 de julho evoca os acontecimentos que mobilizaram os paulistas, em 1932, em torno de uma causa nobre: a constitucionalização do país. Mas poucos sabem, nos dias de hoje, o que significou esse movimento para os que o vivenciaram de perto, nas frentes de combate ou na retaguarda. Nas primeiras décadas republicanas, havia a famosa “política do café com leite”, em que paulistas e mineiros se revezavam no poder central, cada qual simbolizado pela força de suas atividades econômicas mais importantes: a lavoura cafeeira e o gado leiteiro. As demais unidades da federação ficavam, em geral, com a vice-presidência da República. O mandato do presidente Washington Luís, iniciado em 1926, não foi tranquilo. A crise mundial de 1929 afetava amplos setores da vida brasileira, atingindo em cheio o alicerce de nossa economia, assentada na monocultura cafeeira, e provocando índices alarmantes de desemprego. Num clima de natural insatisfação, os opositores do governo sentiram-se indignados quando Washington Luís propôs Júlio Prestes, governador paulista, como candidato à sucessão presidencial. Afinal, dentro do acordo tácito que a “política do café com leite” impunha, era a vez de Antônio Carlos, governador de Minas Gerais. Inconformado com a situação, Antônio Carlos lançou a candidatura do governador gaúcho, Getúlio Vargas, para presidente, tendo como vice o governador da Paraíba, João Pessoa. As eleições, em março de 1930, deram a vitória a Júlio Prestes, mas foram contestadas por Vargas em violento manifesto. O assassinato de João Pessoa, em julho, serviu de pretexto para maior mobilização dos opositores. Iniciou-se um movimento militar, liderado por Getúlio Vargas, contra o governo federal, e a 3 de outubro, faltando apenas um mês para o término de seu mandato, Washington Luís foi deposto. A Revolução de 1930, como ficou conhecido o episódio, levou Getúlio Vargas a assumir a chefia do governo provisório. Embora tivesse prometido a realização de eleições e a elaboração de nova carta constitucional, Vargas assumiu atitudes ditatoriais: suspendeu a Constituição de 1891, dissolveu o Congresso Nacional, substituiu todos os governadores e prefeitos. A insatisfação dos paulistas com tal estado de coisas aumentava gradativamente, alimentada por inúmeros manifestos e comícios. Em 25 de janeiro de 1932, no Largo da Sé, uma verdadeira multidão protestou contra os desmandos políticos de Getúlio Vargas. Pouco tempo depois, em 17 de fevereiro, foi criada a Frente Única, união de todos os partidos para lutar “pela autonomia de São Paulo e pela constitucionalização do Brasil”. As atividades conspiratórias não tardaram a acontecer, e organizou-se uma comissão, com militares e civis, para planejar a luta armada, vista agora como única solução possível. A vinda a São Paulo do ministro da Fazenda, Osvaldo Aranha, serviu de pretexto para uma série de manifestações de repúdio ao governo federal. No dia 22 de maio, pequenos comícios realizados em vários pontos da cidade assumiam tom cada vez mais inflamado. O clima de revolta continuou no dia seguinte, a ponto de os comerciantes fecharem as portas de seus estabelecimentos e liberarem os empregados para as manifestações que tomaram conta do centro. Houve também vários choques entre os revoltosos e os adeptos de Vargas, num ambiente de verdadeira guerra civil. Um grupo exaltado disparou tiros contra a sede do jornal Correio da Tarde, defensor do governo federal, e depredou as instalações de A Razão, periódico que pertencia à família de Osvaldo Aranha. Ao tentar fazer o mesmo no edifício onde funcionava o Partido Popular Paulista, na Rua Barão de Itapetininga, os revoltosos foram recebidos por gente fortemente armada. As primeiras vítimas do movimento tombaram então na Praça da República: Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia e Antônio Américo de Camargo Andrade. Gravemente ferido na mesma ocasião, o menino Dráusio Marcondes de Sousa, de 14 anos, viria a falecer na tarde de 27 de maio. A partir desta data, os revolucionários passaram a chamar o movimento de MMDC, sigla das iniciais dos nomes das vítimas (Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo). A perspectiva de um levante levou o MMDC a reunir voluntários de todos os setores da sociedade. Era preciso formar pelotões, prepará-los para a ocupação de pontos estratégicos, angariar recursos, produzir fardas, distribuir armas e munições, além de manter mobilizada a população via propaganda. Os acontecimentos foram precipitados por pronunciamento do general Bertoldo Klinger, comandante das tropas federais em Mato Grosso e aliado dos paulistas, em protesto contra a nomeação do ministro da Guerra. Na noite do dia 9 de julho, sob o comando do general Isidoro Dias Lopes e do coronel Euclides Figueiredo, chefes do Estado Maior Revolucionário, eclodiu, finalmente, a revolução paulista.Militares da Força Pública e das guarnições do Exército sediadas no Estado de São Paulo juntaram-se aos batalhões de voluntários arregimentados pelo MMDC para pôr em prática o plano: com soldados vindos do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, que então se posicionavam como aliados dos paulistas, avançariam até o Rio de Janeiro para depor Getúlio Vargas, formar um governo provisório, convocar eleições e promulgar nova Constituição. Obteriam também o apoio de Klinger, que viria de Mato Grosso com 5.000 homens. As tropas paulistas pararam em São José do Barreiro, à espera do reforço prometido. Estavam próximas de Bananal, a última cidade paulista ao longo da estrada que ligava São Paulo ao Rio. Mas os soldados tiveram que lutar sozinhos, pois as promessas de ajuda não se cumpriram. Os combates ocorreram em várias frentes, sobretudo nas divisas de SP com Rio e Minas Gerais. Apoiados por uma retaguarda admirável de voluntários no atendimento médico, na enfermagem, na alimentação, na costura, envolvendo gente de todas as idades e classes sociais, os soldados paulistas resistiram por três meses em absoluta desigualdade: tinham só 7 aviões e 44 canhões, contra os 24 aviões e 250 canhões das forças de Vargas. Com a notícia de que a Força Pública havia assinado a rendição, no dia 2 de outubro, os voluntários não tinham mais condições de sustentar a luta, e as últimas trincheiras foram abandonadas. O coronel Euclides Figueiredo, seu comandante, negou-se a assinar o acordo, pois o considerou humilhante. Vale lembrar, a esse respeito, o emocionado discurso feito em praça pública por Ibraim Nobre: “A Revolução não deveria terminar assim. Depois que fossem os filhos, iriam os pais, depois que eles morressem, iriam as irmãs, as noivas. Todos morreriam. Mais tarde, quando alguém passasse por aqui, neste São Paulo deserto, sem pedra sobre pedra, levantando os olhos para o céu, haveria de ler, no epitáfio das estrelas, a história de um povo que não quis ser escravo.” Os livros de história costumam dizer que, apesar de derrotados militarmente, os paulistas saíram vitoriosos da Revolução de 32, pois o Brasil ganhou uma Constituição em 1934. É difícil avaliar o passado nesses termos. O saldo imediato do movimento computou 830 mortos em combate e 104 exilados (entre oficiais do Exército, da Força Pública e civis), além dos que ficaram encarcerados na Ilha Anchieta. A luta foi das mais cruentas, e fica difícil reconhecer nela algo positivo. Mais do que a Constituição – de vida tão efêmera, pois enterrada com o golpe do Estado Novo, em 1937 – talvez fosse mais apropriado evocar aqui o tipo inédito de mobilização que São Paulo conheceu em 1932, mandando cerca de 120 mil homens para o front. Além disso, civis, militares, crianças, velhos, mulheres, índios, comerciantes, professores, grandes industriais, todos se puseram a serviço da causa; as fábricas não paravam de trabalhar, pois do parque industrial paulista era preciso tirar munições, armas, carros blindados, fardas, alimentos; e a intensa propaganda feita pela rádio mantinha elevadíssimo o ânimo da população, que se despojou de alianças e outras jóias para cobrir as despesas de guerra. Foi, acima de tudo, um exemplo ímpar e memorável de união e de força, que talvez não mais se reproduza entre nós.
* Luiz Gonzaga Bertelli é presidente Executivo do CIEE

terça-feira, 7 de julho de 2009

EMENDA NA MP 460.


Senado aprova cobrança diferenciada para compras com cartão de crédito


Claudia Andrade

Do UOL Notícias - Brasília


O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (7) a cobrança de preços diferentes para compras realizadas com cartão de crédito e à vista. A proposta altera o Código de Defesa do Consumidor, acrescentando a determinação de que não será considerada abusiva a fixação de preço diferenciado "na venda de bens ou na prestação de serviços pagos com cartão de crédito em relação ao preço à vista, desde que o consumidor seja inequívoca e ostensivamente informado pelo fornecedor a esse respeito".
Assunto foi
aprovado pela Comissão Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado (CMA), em outubro do ano passado. Contudo, encaminhado à Câmara dos Deputados, foi arquivado em março deste ano. Um acordo entre os senadores permitiu a inclusão da emenda na MP 460, que tratava originalmente da concessão de benefícios fiscais para as construtoras no âmbito do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Por conta das emendas, a matéria voltará a ser analisada pela Câmara dos Deputados.Em relação às construtoras, a MP estabelece que os projetos para construção imóveis residenciais no valor comercial de até R$ 60 mil pagarão alíquota unificada de tributos correspondente a 1% da receita mensal recebida. O benefício vale para projetos de obras já iniciadas ou contratadas a partir do dia 31 de março de 2009, no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida.

BIFURCAÇÃO DA HUMANIDADE


Leonardo Boff*Nos inícios do ano os vinte paises mais ricos do mundo (G-20) se reuniram em Londres para encontrar saidas à crise econômico-financeira mundial. A decisão de base foi continuar no mesmo caminho anterior à crise mas com controles e regulações a partir de uma presença maior do Estado na economia. Os controles seriam pelo tempo necessário à superação da crise, a fim de evitar o colapso global e as regulações para restaurar o crescimento e a prosperidade com a mesma lógica que vigorou antes.Esta opção implica continuar com a exploração dos recursos naturais que devastam os ecossistemas e fazem aumentar o aquecimento global e o fosso social entre ricos e pobres. Se isso prosperar dentro de pouco enfrentaremos crise da mesma natureza, pois as causas não foram eliminadas. Acresce ainda o fato de que os restantes 172 paises (ao todo são 192) sequer foram ouvidos e consultados. Pensou-se em ajudá-las mas com migalhas. Efetivamente, toda a Africa, o continente mais vulnerável, seria socorrida com menos fundos que o governo dos EUA aplicou para salvar a General Motor.O impacto perverso da crise sobre os paises de baixo ingresso apresenta-se aterrador. Estima-se que, enquanto durar a crise, mais de 100 milhões de pessoas caiam cada ano na extrema pobreza e um milhão de postos de trabalho se perderão por mes. Tal fato fez com que o Presidente da ONU, Miguel d’Escoto Brokmann, imbuido de alto sentido humanitário e ético, convocasse uma reunião de alto nivel que reunisse os 192 representantes dos povos para juntos discutirem entre si a crise e buscarem soluções includentes. Isso ocorreu nos dias 24-26 de junho do corrente ano nos espaços da ONU. Todos falaram. Era impactante ouvir o clamor que vinha das entranhas da Humanidade: os ricos lamentando os trilhões em perdas de seus negócios e os pobres denunciando o aumento da miséria de seu povo.Muitas vozes soaram claras: não bastam controles e regulações que acabam beneficiando os que provocaram a crise. Faz-se urgente um novo paradigma que redefina a relação para com a natureza com seus recursos escassos, o propósito do crescimento e o tipo de civilização planetária que queremos. Importa elaborar uma Declaração do Bem Comum da Humanidade e da Terra que oriente etica e espiritualmente o sentido da vida neste pequeno planeta.Depois de um intenso trabalho previamente feito por uma comissão da expertos, presidida pelo Nobel de economia Joseph Stiglitz e com as colaborações vindas de quatro mesas redondas e da Assembléia Geral concertou-se um documento detalhado que ganhou o consenso dos 192 represenantes dos povos. O perigo coletivo facilitou uma convergência coletiva, uma raridade na história da ONU.O documento prevê medidas imeditas especialmente para salvar os mais vulneráveis sob coordenação de várias instituições internacionais, articuladas entre si. Mas o mais importante é a apresentação de um programa de reformas sistêmicas que prevê um sistema mundial de reservas com direitos especiais de giro, reformas de gestão do FMI e do Banco Mundial, regulações internacionais dos mercados financeiros e do comércio de derivados e principalmente a criação de um Conselho de Coordenação Econômica Mundial equivalente ao Conselho de Segurança. Desta forma se presume garantir um desenvolvimento estável e sustentável.O fato desta cúpula mundial é gerador de esperança, pois a humanidade começa a olhar para si como um todo e com um destino comum. Mas todas as soluções se orientam ainda sob o signdo do desenvolvimento, o fator principal gerador da crise do sistema-Terra. Ele tem que ser trocado por um “modo sustentado geral de viver”, caso contrário assistiremos à bifurcação da humanidade, entre os que desfrutam do desenvolvimento e os que são vítimas dele. Não chegamos ainda ao novo paradigma de convivência Terra-Humanidade, forjador de uma nova esperança.O próximo futuro, dizia o Presidente da Assembléia, será pela utopia necessária que precisamos constuir para permanecermos juntos na mesma Casa Comum.* Leonardo Boff é do corpo de assessores do Presidente da Assembléia da ONU e com este título participou dos trabalhos ai realizados.(Envolverde/O autor)
Postado por MARQUESI - NEWSLETTER

segunda-feira, 6 de julho de 2009

TRIBUTOS


Governo atingiu R$ 500 bilhões em arrecadação de tributos em 30 de julho
Número é do Impostômetro, painel eletrônico instalado no Centro de São Paulo e alimentado com dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT)
02/7/2009
14h19
Redação

O Impostômetro, painel eletrônico que calcula quanto o brasileiro pagou de tributos para os para os governos Federal, Estaduais e Municipais, atingiu a marca de R$ 500 bilhões, no dia 30 de junho, por volta das 15h20. Os cálculos são de acordo com estimativas feitas pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT.
Localizado no prédio da Associação Comercial de São Paulo – ACSP, no Centro da cidade, o Impostômetro alcançou essa mesma marca, em 2008, cinco dias antes, no dia 25 de junho, apresentando uma redução de 2,07%. “Mesmo com a leve queda de arrecadação em 2009 e com a redução do IPI prorrogada pelo Governo, prevemos que novamente o valor de R$ 1 trilhão será ultrapassado, chegando a R$ 1.030 trilhão até o fim de 2009”, comenta o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.

TELESENA



Fácil de ganhar?

A pedido de Contigo!, José Dutra Vieira Sobrinho, economista e professor de matemática financeira, calculou as chances de ganhar na Tele Sena em comparação à Loteria Federal :


1 em 525 vezes é a probabilidade de ganhar em qualquer prêmio na Tele Sena .


1 em 5 vezes é a chance na Loteria Federal


105 vezes mais fácil ganhar um prêmio na Loteria Federal do que na Tele Sena


1 em 3,5 milhões de vezes é a possibilidade de ganhar sozinho um dos prêmios de 500 mil reais da Tele Sena


1 em 75 mil vezes é a chance de levar sozinho a bolada da Loteria Federal


47 vezes mais fácil ganhar sozinho o primeiro prêmio da Loteria Federal do que na Tele Sena

OS PERIGOS DA DESMORALIZAÇÃO ...


OS PERIGOS DA DESMORALIZAÇÃO DA CLASSE POLÍTICA E DA FUNÇÃO PÚBLICA

Artigo publicado no DCI, edição de 30/06/09
Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva

psxds@hotmail.com


A sucessão de escândalos parece infindável. Toda semana surgem mais novidades escabrosas e os nossos poderes constituídos revezam-se nas manchetes dos jornais, ora o executivo, ora o legislativo e, em menor escala, até o judiciário.
Os maus políticos e executivos corruptos da alta administração governamental confundem cada vez mais a sua vida particular com a vida pública.
Utilizam-se da Praça dos Três Poderes, para Poder desviar e se apropriar do dinheiro público, para Poder ganhar sem precisar trabalhar e para Poder ignorar e se lixar para a opinião pública.
A sociedade brasileira já está cansada de tanta patifaria, tanto que até já se acostumou com essas notícias e parece desanimada, o que é um sério perigo.
A situação está ficando insuportável e a desmoralização pode se generalizar, colocando, no mesmo saco de gatos, bons e maus servidores, sérios e picaretas políticos.
Devemos evitar, a todo custo, que as nossas instituições sejam abaladas, antes que apareça um grupo reacionário de plantão e se aproveite de um agravamento do quadro político, pois o regime democrático, que às vezes pode parecer inoperante e injusto, é , sem dúvida, o melhor regime de governo existente no nosso planeta.
Neste triste cenário, configura-se a necessidade da ocorrência de uma verdadeira revolução moral e ética, por parte de toda nossa sociedade, induzida e convocada principalmente pelos segmentos mais esclarecidos e formadores de opinião, como os meios de comunicação, empresários, sindicatos de trabalhadores e associações de classe, professores, religiosos, bons funcionários públicos e políticos sérios.
Estes dois últimos, mais interessados e afetados por aquela mancha moral, deveriam sair na frente, protestando de forma veemente, demonstrando que não fazem parte daquela corja e denunciando os bandidos e todos seus atos escusos, que sejam de seu conhecimento.
Aliás, o servidor público comum é, via de regra, honesto, trabalhador, bem intencionado e mal remunerado, com exceção de alguns cargos, particularmente os de comissão.
Observa-se uma melhoria gradativa do nível dos funcionários, com o ingresso na carreira pública, de pessoal mais qualificado, admitido através de concursos públicos cada vez mais concorridos e com provas cada vez mais complexas.
Desde recém formados de nossas universidades até profissionais mais experientes e categorizados estão sendo atraídos pela vantagem da estabilidade, em função das dúvidas sobre o futuro da economia e das ameaças do desemprego.
No entanto, o nível de qualidade do serviço público poderia ser melhor, e contar com mais e melhores funcionários, se os objetivos primordiais para a sua admissão fossem o interesse em servir o bem comum e orgulho de pertencer a uma classe respeitada e admirada por toda a população.
Além do mais, funções típicas do Estado, como saúde, educação, segurança e justiça deveriam ser mais valorizadas e receber maior atenção e recursos financeiros do governo.
É evidente que temos na classe política, representantes que merecem nossa consideração, que são honestos e bem intencionados, mas que precisam se unir, criar coragem e expurgar os seus péssimos pares do Congresso Nacional.
Os partidos políticos deveriam também fazer uma verdadeira faxina moral, selecionando melhor seus afiliados e candidatos, atraindo cidadãos idôneos e comprometidos com o bem-estar público. Só assim teríamos a verdadeira reforma política.
Retomemos aos maus servidores, locados em sua quase-totalidade no alto escalão, e os políticos sem escrúpulos, que apresentam como grande atributo, a cara de pau, lustrada com óleo de peroba.
Tomemos alguns exemplos, desde o mais antigo, como de um famoso professor, “candidato ao Prêmio Nobel de Economia e Mestre em Finanças“, ao nos ensinar que não havia caixa dois no episódio do famigerado mensalão e sim, movimentação financeira não contabilizada.
Outros mais, que vêm constantemente ocorrendo, como afirmar com convicção: “não sei de nada do que aconteceu”, apesar de tudo ter ocorrido na minha sala ou na sala vizinha, “não se pode sair acusando ninguém sem provas“, mesmo tendo todas evidências e várias provas, “por aquele companheiro, eu ponho a minha mão no fogo“, desde que o fogão esteja desligado e sem gás, “vamos apurar todas essas denúncias”, mas vai ser praticamente impossível superar todos os obstáculos que iremos colocar, “o tempo dirá que tenho razão“, pois o brasileiro tem memória curta e na certa vou me reeleger tranquilamente na próxima eleição.
Um dos mais recentes, “parentes e amigos façam turismo e viajem á vontade, que tudo fica por minha conta”, digo das contas públicas, e, o último, “nesta casa tem muita transparência”, só os vidros da janela, porque o resto está debaixo dos tapetes e relacionado nos atos secretos.

Se esta situação continuara se deteriorar, a Praça dos Três Poderes poderá ficar mais conhecida como a Praça dos “Três Podreres“, e muitos políticos e administradores públicos vão ter que ouvir, contrariados, o povo cantar aquele antigo samba, com o famoso refrão: “ Se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão“.



Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva
Economista graduado pela USP, consultor e assessor empresarial, especializado na recuperação e expansão de empresas em dificuldades financeiras.
www.paulosergioxavier.zip.net

sábado, 4 de julho de 2009

O MELHOR ESTÁ PARA VIR.



Entrevista: Carlota Pérez
Revista VEJA.
O melhor está por vir
A economista de Cambridge vira estrela acadêmica com a tese de que uma era de ouro impulsionada pela tecnologia da informação espera o mundo depois da crise.
Diogo Schelp
Tommy Clancy
"Depois da recessão virá um período de bonança, com o capital produtivo dirigindo os investimentos"
Economistas com visão histórica e capazes de fazer análises consistentes de longo prazo parecem ser uma espécie em extinção. A esse grupo pertence a venezuelana Carlota Pérez, de 70 anos, professora da Universidade Cambridge, na Inglaterra. Seu Revoluções Tecnológicas e Capital Financeiro, de 2002, adquiriu a dimensão de clássico ao colocar o atual momento econômico no contexto das grandes reviravoltas no campo da técnica que ocorrem a cada cinquenta anos, em média. Para Carlota, estamos em plena era da informação, iniciada em 1971 com a produção em série dos chips de computador e sua quase universalização nas três décadas subsequentes, que ela chama de "fase de instalação". Na etapa seguinte, que o mundo começa a viver em breve e pode durar de vinte a trinta anos, as novas tecnologias vão, enfim, produzir o grande salto na qualidade de vida da maioria da população mundial. A esse período Carlota dá o nome de "fase de desdobramento". A crise atual seria, para ela, apenas uma transição dolorosa entre essas duas fases. De seu escritório em Cambridge, ela deu a seguinte entrevista a VEJA.

A crise atual não assusta tanto?

A economia de mercado é naturalmente instável. Quando está no auge, peca pelos excessos; quando está em baixa, autocorrige-se. No entanto, esta crise, em conjunto com o estouro da bolha da internet em 2000, é de uma natureza distinta. Estamos presenciando hoje um colapso de envergadura muito maior que a usual. O atual fenômeno equivale ao pânico provocado pelos investimentos em massa nas estradas de ferro, em meados do século XIX, na Inglaterra, ou à quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. Colapsos como esses só ocorrem a cada meio século, no meio do caminho de grandes revoluções tecnológicas.

Qual é a relação entre o recente colapso financeiro e o estouro da bolha da internet, no início da década?

O colapso atual representa a continuação da queda da Nasdaq, a bolsa eletrônica de Nova York, mas com outro foco. A bolha da internet baseava-se na inovação tecnológica; a que estourou agora, na inovação financeira. Enquanto o inchaço financeiro foi induzido pela existência de crédito abundante e fácil, o da internet atraía investimentos pela fé no poder das novas tecnologias de proporcionar lucros extraordinários. Em 1929, tudo entrou em colapso ao mesmo tempo. Desta vez, isso aconteceu em dois capítulos. Eu esperava que, depois do estouro da bolha da internet, viessem a regulação financeira e as políticas a favor da expansão produtiva. No meu livro, de 2002, eu já expressava grande preocupação com a continuidade do cassino financeiro. Mas as autoridades não prestaram a mesma atenção.

O que virá depois da atual crise?

Provavelmente um período de bonança, em que o estado voltará a ser um ator mais presente na economia e o capital produtivo vai direcionar os investimentos, tomando o lugar do capital financeiro, como até pouco tempo atrás. Antes de chegar a essa fase, é claro, será preciso superar a recessão que sempre sucede aos desastres.

Quanto tempo pode durar a recessão mundial?

Tudo depende da interpretação que os governos dos países mais ricos darão à natureza dessa crise. Se eles acreditarem que se trata apenas de um problema de falta de confiança do mercado financeiro, vão se empenhar em aplicar políticas superficiais e injetar dinheiro no sistema, para reavivar os mercados de valores e imobiliário. Nesse caso, há duas opções: ou a recessão vai ser muito longa ou surgirá uma nova bolha seguida de um colapso ainda maior. A história mostra que um período recessivo pode durar apenas dois anos, como ocorreu em meados do século XIX, ou quinze anos, como no caso de 1929.

Que políticas parecem mais adequadas neste momento?

Para começar, é preciso reconhecer que não se trata de regressar ao estágio em que estávamos antes do colapso, e sim de dar um passo adiante. Os governos terão de criar um mecanismo regulatório global para as finanças. Dentro dos países, deve-se reformular o mercado financeiro por meio de um conjunto de políticas fiscais e de controle. Os gastos públicos devem ser direcionados para favorecer os investimentos produtivos e inovadores. Os maiores lucros dos investidores têm de passar a vir da produção real. Os lucros fáceis com especulação devem ser contidos com impostos mais altos. Deve-se deixar para trás a máxima "Não trabalhe por dinheiro, deixe que o dinheiro trabalhe para você". Será preciso criar mais e melhores empregos que produzam e distribuam a riqueza segundo outro critério: o esforço empreendedor e de trabalho. O mundo financeiro terá de ser reorientado para criar formas de investir no setor produtivo. O essencial é favorecer a expansão e a inovação na produção.

As bolhas são evitáveis ou são males necessários?

A legitimidade do capitalismo está em fazer da busca pelo enriquecimento individual um benefício para toda a sociedade. Nas bolhas, isso se perde e ocorre uma forte concentração da renda. Os períodos de bonança tendem a reverter esse processo, e por isso mesmo costumam ser chamados de "eras de ouro". Mas as bolhas têm o mérito de construir infraestruturas que ampliam os mercados a custo muito baixo e estabelecem novos paradigmas tecnológicos. Esse período de instalação permite modernizar a indústria e colocá-la em condições de inovar e crescer ainda mais velozmente.

De que forma isso ocorreu nas revoluções tecnológicas do passado?

Quando se fala da Revolução Industrial do fim do século XVIII, na Inglaterra, sempre se pensa na introdução das máquinas têxteis e no enorme salto de produtividade que isso acarretou, mas poucas vezes se menciona a rede de canais de distribuição que permitiu carregar o algodão, o carvão e os produtos por todo o país, passando de um rio a outro e dali para o mar. Essa foi a internet daquele período. Já a revolução tecnológica seguinte, a da máquina a vapor, no século XIX, levou à criação de ferrovias, do telégrafo e do sistema de correio padronizado. Nos anos 1920, começou a substituição dos trens, das carruagens a cavalo e dos vapores pelo automóvel e pelo avião, que necessitavam de uma vasta rede de estradas e aeroportos. Essas novas tecnologias, assim como o rádio, foram objeto de intensa especulação e também contribuíram para o colapso de 1929. As redes de distribuição da primeira Revolução Industrial, as ferrovias do século XIX e as estradas do início do século XX são exemplos de redes de infraestrutura que só se conseguiu construir porque havia grandes investidores dispostos a gastar seu dinheiro em algo que demorou muito para dar lucros operacionais. São investimentos baseados no tudo ou nada: ou há uma cobertura quase completa ou não se obtêm as vantagens prometidas. A disposição ao risco é alimentada pelo entusiasmo que as novas tecnologias despertam e pela expectativa de conseguir gordos lucros. Sempre há algum Bill Gates que se tornou milionário para dar o exemplo. Quando chega o colapso, muita gente perde grandes somas de dinheiro, mas a infraestrutura fica para todos. Portanto, em essência, a grande bolha e seu colapso são uma forma brutal de conseguir o investimento necessário para instalar o novo e destruir o velho. É o que ocorre com a atual revolução, baseada na tecnologia da informação. Ela embute um enorme potencial de criação de riqueza. Se as forças políticas e econômicas entenderem esse processo e estabelecerem as condições sociais adequadas, o que virá em seguida beneficiará a todos.

A senhora pode dar um exemplo?

No ciclo tecnológico anterior, que estabeleceu a produção em massa, a criação do estado de bem-estar social nos países desenvolvidos elevou o salário dos trabalhadores a um nível tal que lhes permitiu ter um lar confortável, cheio de eletrodomésticos, e um carro na porta. Isso, somado à construção em massa de casas a baixo custo, aos bancos de crédito ao consumidor e ao seguro-desemprego, possibilitou décadas de mercados dinâmicos e crescentes que beneficiaram tanto o mundo dos negócios quanto a população como um todo. Um enriquecimento semelhante pode parecer impossível agora, mas as coisas sempre parecem inviáveis quando se está a meio caminho entre uma fase e outra de uma revolução tecnológica.

Que países se sairão melhor da crise atual, os emergentes ou os ricos?

Os anos de bolha financeira permitiram intensificar a globalização, e a alta dos preços das matérias-primas deu fôlego a muitos países emergentes. Há o risco de a contração da demanda golpear mais duramente os países exportadores, mas os ganhos dos últimos anos permitiram a eles colocar-se em uma posição melhor para enfrentar os reveses. Nos países desenvolvidos, porém, a profundidade da tragédia financeira pode ser um fardo demasiado grande para a economia real e, portanto, para a população. Tudo vai depender, como disse, do desenho de políticas adequadas, assim como da determinação política para pôr na linha o mundo financeiro.

O que a América Latina pode fazer para aproveitar melhor a nova fase de ouro da economia que a senhora prenuncia?

Para aproveitar a próxima etapa, é preciso encontrar um espaço tecnológico próprio. A Ásia, em geral, transformou-se na grande linha de montagem do planeta. Esse continente, com mão de obra abundante e recursos naturais escassos, tem vantagens insuperáveis no setor manufatureiro, que cobre de produtos eletrônicos a têxteis. A América Latina, por sua vez, é um subcontinente muito rico em recursos naturais e com pequena densidade populacional. As indústrias de processamento, da agroindústria à metalurgia e química, são um espaço de especialização e inovação repleto de oportunidades.

Não é um papel menor?

Os recursos naturais, em um mundo globalizado, jamais serão baratos. Ainda que seus preços caiam com a recessão, os limites da oferta sempre serão uma barreira contra prejuízos. Além disso, o mundo das commodities já não se limita às matérias-primas tradicionais. Basta entrar em um supermercado moderno para verificar como a combinação de recursos naturais com tecnologia o ampliou. Ao mesmo tempo, podemos esperar que o processo de globalização, que hoje favorece a Ásia, sofra uma inversão à medida que o custo das matérias-primas e da energia suba. Gradualmente, o gasto com transporte de matérias-primas até aquele continente, e depois dos produtos lá fabricados até os mercados consumidores dos Estados Unidos e da Europa, se tornará relevante em comparação com o custo da mão de obra. Não é improvável, ainda, que o mundo imponha impostos à emissão de gás carbônico – o que encarecerá a produção asiática. Tudo isso vai redesenhar o processo de globalização. Com a estratégia correta, os países latino-americanos podem complementar-se, aproveitando a disponibilidade de recursos de cada um. As nações do subcontinente deveriam, assim, adotar uma estratégia conjunta para aproveitar suas características específicas. A especialização em ciências da vida e de materiais nos colocaria em posição vantajosa para a próxima revolução tecnológica, baseada em biotecnologia, bioeletrônica e nanotecnologia. O Brasil tem ótimas condições para assumir a liderança desse processo.

Por quê?

O tamanho da economia e o potencial do mercado interno, a diversificação da indústria, a capacidade tecnológica e o fato de muitas empresas brasileiras terem vocação global fazem com que o país se destaque no conjunto latino-americano. O Brasil reúne todas as condições necessárias para ter êxito em muitas frentes. Para aproveitar todo esse potencial, o país precisa ainda ampliar suas já extraordinárias conquistas obtidas nos setores de petróleo, química, metalurgia, agropecuária e biotecnologia.

Postado por Marcelo Gostinski