segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DÍVIDA PRIVADA SUPERA A DO SETOR PUBLICO.


Crescimento da classe média, estabilidade econômica e segurança institucional explicam mudança, segundo especialistas. Dívida de famílias, indivíduos e empresas chega a 52,9% do PIB; para economista, juro alto e prazo curto ainda são entraves ao crédito privado

TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
UOL ONLINE

A dívida de famílias, indivíduos e empresas privadas ultrapassou no ano passado, pela primeira vez desde o início do Plano Real, o total do endividamento do setor público, que até então absorvia a maioria dos recursos disponíveis para financiar a economia brasileira.
Trata-se, segundo especialistas, de mudança estrutural na forma como o país se financia, que sinaliza o amadurecimento do mercado de capitais e maior viabilidade do setor privado.
A virada ocorreu em abril de 2008, ainda no auge da expansão da economia, segundo o Cemec (Centro de Estudos do Mercado de Capitais), entidade ligada à Fundação Ibmec, criada pelas instituições do mercado para avaliar desempenho e dar suporte técnico para o comitê que define prioridades de autorregulação.
Segundo o economista Carlos Rocca, autor do estudo, a mudança é fruto da estabilidade da moeda, da emergência de uma nova classe média e da pujança do setor privado. Altera progressivamente o funcionamento da economia do Brasil, país com um dos menores patamares de crédito do mundo, quase sem financiamento imobiliário e de infraestrutura.
Para o economista Claudio Haddad, presidente do Insper e ex-diretor do BC, a mudança decorre também de ganhos institucionais que trouxeram mais transparência e reduziram o risco do investidor, como o Novo Mercado, a Lei de Falências, a alienação fiduciária e o crédito consignado. "Você não tem desenvolvimento de mercado privado sem que o investidor possa ter segurança e horizonte para suas aplicações."
No estudo, o setor privado somava em junho R$ 1,549 trilhão (52,9% do PIB) em empréstimos bancários, promissórias, debêntures, fundos de recebíveis, entre outros instrumentos, ante R$ 1,32 trilhão do endividamento público, incluindo empréstimos bancários das estatais. É o primeiro trabalho que considera dados de diferentes fontes e procura retirar duplas contagens.
Para Rocca, a mudança significa que o governo e as estatais começam a sair do centro das decisões financeiras, espaço que passa a ser ocupado pela iniciativa privada, pela sociedade civil e por entidades de classe e de defesa do consumidor, que podem não estar totalmente articuladas para assumir esse papel. "Falta investir em educação financeira em todos os níveis: pessoa física, Executivo, Legislativo e Judiciário."
Do ponto de vista da aplicação desse dinheiro, a mudança indica que as perspectivas de crescimento de empresas e as ambições da classe média, como comprar um carro, uma casa, viajar ou investir na educação dos filhos, tornam-se mais viáveis e com menor risco de dar errado -como em qualquer decisão de investimento, pautada pelo equilíbrio entre taxas de retorno e risco.
Para o economista Edmar Bacha, um dos formuladores do Plano Real, o crédito privado progrediu muito nos últimos cinco anos, mas o principal problema diz respeito aos prazos desses financiamentos, que seguem curtos e só devem aumentar com juros menores.
"Mais importante do que olhar quantidade é ver os prazos. Em que prazos estão sendo feitos esses financiamentos? Com taxa de juros muito elevadas, não dá para ter nem prazo nem muito crédito. Quem consegue pagar taxas de juros [altas]? Só o governo", disse.
Para Ricardo Carneiro, professor da Unicamp, não há uma disputa de recursos entre o setor público e o privado, mas um custo alto dos empréstimos no país. "O título privado sempre paga juro maior do que o público por uma razão muito simples: o risco [do título público] é menor, o governo coleta imposto e pode emitir moeda. As taxas do setor privado são feitas como desdobramentos das do setor público, por isso o crédito privado sempre teve taxas muito altas."

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

BANCO PÚBLICO E ELEVAÇÃO DO CRÉDITO




Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva
psxds@hotmail.com

O governo acertou ao utilizar bancos públicos para expansão do crédito e para desobstruir o empoçamento da liquidez

Demorou, mas enfim chegou o momento de elogiar um dos poucos acertos da equipe econômica do atual governo.
Depois de perder um precioso tempo no processo de diminuição das taxas básicas de juros, da ineficácia na gestão dos programas de investimentos em infraestrutura e logística, do engavetamento da reforma tributária, da inércia na redução dos encargos trabalhistas e do custo Brasil, da falta de maior incentivo ao mercado interno e da ausência de uma política econômica mais consistente para o enfrentamento da atual crise, entre outros equívocos, temos que admitir o êxito na decisão do governo em utilizar os bancos públicos para a expansão do crédito e para desobstruir o empoçamento da liquidez da economia.
Atuando na defensiva, as instituições financeiras privadas usaram a tática dos times de futebol mais retranqueiros, ficando apenas com um atacante na frente e os demais jogadores, do meio de campo para trás, ou seja, mantiveram os juros em patamares elevados e atuaram com excessivo rigor na concessão de crédito.
Conforme já havíamos alertado em nosso artigo “Bancos e os riscos do negócio”, publicado no DCI, em 25/05/09, os bancos precisam relembrar que o risco faz parte de qualquer negócio e da necessidade de direcionar mais os seus recursos para créditos ao setor produtivo, já que a época das “vacas gordas” dos lucros exagerados e fáceis, oriundos das aplicações maciças em títulos públicos, estava acabando, com a redução gradual da taxa básica de juros, Selic.
Além da curiosa aversão ao risco, derivada daquele perfil demasiadamente conservador de seus investimentos, os bancos privados tentaram evitar ao máximo, a redução dos juros nos empréstimos concedidos e de qualquer ação que implicasse num decréscimo da margem de lucro de suas operações financeiras.
Neste cenário, exigiram até que o governo mudasse as regras de remuneração da caderneta, em vez de diminuir as absurdas taxas de administração dos seus fundos de investimentos, e só depois de perceberem que aquelas medidas anunciadas ficaram na geladeira é que iniciaram um processo forçado de redução.
Também não se esforçaram para a implantação do cadastro positivo, mesmo alegando que a inadimplência representava um terço do custo do spread bancário.
Quando postos em cheque porque não reduzem as suas taxas de juros e incrementam seus empréstimos ao setor produtivo, principalmente para as pequenas e médias empresas, defendem-se alegando o alto risco envolvido nessas operações.
Neste aspecto, quem diria, os bancos públicos deram uma verdadeira lição estratégica e apostaram na expansão do crédito, ampliando significativamente suas carteiras de empréstimos, enquanto os maiores bancos privados apresentaram redução.
Como resultado, o Banco do Brasil obteve um excelente desempenho no primeiro semestre, conseguindo conciliar o aumento da concessão de crédito com a queda da inadimplência.
Assim sendo, o Banco do Brasil (BB) apresentou um expressivo lucro - de R$ 4,01 bilhões - , apesar de registrar um pequeno crescimento em relação ao idêntico período de 2008, e voltou a liderar o ranking dos maiores bancos do País, com R$ 598,8 bilhões de ativos totais, recuperando a posição perdida anteriormente para o Itaú Unibanco.
A continuar nesse ritmo, o BB, em termos de lucratividade, poderá ultrapassar o Bradesco, que teve um lucro quase idêntico (R$ 4,02 bilhões) e a ameaçar a liderança do Itaú Unibanco (R$ 4,58 bilhões). Talvez isso explique o desabafo do ministro da Fazenda Guido Mantega, em resposta às provocações de Roberto Setúbal, do Itaú Unibanco, de que as taxas cobradas pelos bancos públicos são insustentáveis.
Além de lamentar “a dor de cotovelo” do representante do Itaú Unibanco, preferimos enaltecer as declarações do presidente do BB, Aldemir Bendine de que aquele banco público adotou a estratégia correta ao dar um voto de confiança ao País e trabalhar para o destravamento das linhas de crédito.
Devemos ressaltar também a mesma atitude adotada pela Caixa Econômica Federal, que vem expandindo suas operações de crédito e reduzindo as taxas de juros.
A partir deste momento, cabe aos bancos privados reverem seus critérios de concessão de crédito, reduzir os juros e acreditar mais no empresariado nacional, para não perder o bonde da história ou figurar como um dos vilões do crescimento econômico brasileiro.
O Brasil só conseguirá reverter os efeitos adversos desta crise internacional e partir para um desenvolvimento econômico sustentável se contar com a valorização do seu setor produtivo e com a presença de um setor financeiro atuante e parceiro.
A concorrência entre os bancos, como nos demais setores da economia, é salutar e não deve ser temida. Basta de premiar o ganho fácil e a especulação financeira.

Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva, economista graduado pela Universidade de São Paulo (USP), consultor e assessor empresarial, especializado na recuperação e expansão de empresas em dificuldades financeiras.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PERSONAGENS DO MERCADO ACIONÁRIO.


Joseph Kennedy e as lições de um engraxate

Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira
18/08/09 - 14h00
InfoMoney


SÃO PAULO - Muitas vezes, as lições mais valiosas de investimento são extraídas dos conceitos mais simples. Além de seus resultados como investidor, Warren Buffett é famoso nos mercados pela simplicidade característica de suas frases, que guardam grande conteúdo. Personagens do mercado desta vez conta outra história simples, valiosa e muito famosa nos mercados, mas não de Buffett.

Tal como o megainvestidor citado, o personagem desta matéria fez fortuna no mercado acionário. Ainda assim, é mais conhecido pela linhagem de sua família: Joseph Kennedy, pai do ex-presidente norte-americano John F. Kennedy, assassinado em 1963, e dos senadores Robert e Edward Kennedy. Mas para o caso em questão, o que interessa são as facetas do investidor Joseph Kennedy.

Irônico
A trajetória de J. Kennedy revela algumas curiosidades. Ironicamente, era conhecido como um investidor agressivo, extremamente ganancioso. Relatos apontam que ele chegou a comercializar bebidas alcoólicas durante o período de Lei Seca nos Estados Unidos, entre outras coisas.

Apesar deste perfil, Kennedy se tornou presidente da SEC (Securities and Exchange Commission), o órgão regulador do mercado norte-americano, entre 1934 e 1935, cargo geralmente associado a um perfil mais conservador. O que não era seu caso.

A origem da fortuna de Kennedy é associada a práticas especulativas com ações e contratos de commodities. No posto de chairman da SEC, entretanto, desenvolveu mecanismos de controle das atividades especuladoras e voltou esforços contra possibilidades de manipulação do mercado acionário e o uso de informação privilegiada.

Insider
Seu primeiro emprego após a graduação em Harvard foi como analista de um banco estatal. O perfil arrojado de Kennedy começou a aparecer quando o banco que seu pai possuía participação, o Columbia Trust Bank, se deparou com a possibilidade de concordata. Kennedy emprestou cerca de US$ 45 mil de familiares e amigos e assumiu o controle da instituição, se tornando presidente do banco aos 25 anos.

Além do setor financeiro, os negócios de Kennedy também circulavam pelo segmento imobiliário, com a aquisição de companhias que apresentavam problemas para se manter. Mas seu contato com o setor bancário que lhe rendeu o contato com Wall Street.

Naquela época, o mercado passava por fase de grande desenvolvimento, e enfrentava um prolongado bull market que acabaria por culminar na crise de 1929. As atividades eram pouco regulamentadas e Kennedy é reconhecido praticante de estratégias que depois seriam rotuladas de manipulação de ativos e insider trading - utilização de informações privilegiadas -, e seriam combatidas quando o próprio Kennedy assumiu a SEC.

O engraxate
Neste bull market, Kennedy operou contratos de commodities e ativos principalmente ligados ao setor imobiliário. Mas suas grandes tacadas sempre partiam dos períodos de adversidade. Aí aparece sua tão famosa lição.

A lenda conta que, já dono de uma vasta carteira de ações, Kennedy parou para engraxar seus sapatos numa quarta-feira e ficou surpreso ao receber conselhos de investimento de seu engraxate. Como o mercado de ações era ambiente de investidores ricos e pessoas de renome na época, Kennedy julgou que algo estava errado.

Após ouvir conselhos do engraxate, resolveu vender todas as ações que possuía no mesmo dia. Por timing ou ironia do destino, a quinta-feira seguinte ficou marcada na história como a "Black Thursday", a quebra da bolsa de Nova York e um dos marcos iniciais da Grande Depressão. O valor das ações derreteu, mas Kennedy estava fora.

O caso de Joseph Kennedy encobre um período de bolha nos preços dos ativos, de supervalorização dos papéis. Talvez pela tamanha popularidade que o mercado de ações havia atingido, pelas proporções surreais que os preços haviam tomado. Para a história, fica uma das mais famosas lições de investimento: quando até seu engraxate lhe dá conselhos sobre o mercado, talvez seja hora de sair dele. Sem desmerecer a profissão.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

COMO GANHAR DINHEIRO


Tem gente que procura no Google sobre como ganhar muito dinheiro. O fato é eu não há uma receita mágica e 100% eficiente para que o sonho de ganhar muito dinheiro realize-se de uma hora para outra. De qualquer modo, há algumas maneiras bem conhecidas do grande público para conseguir ganhar muito dinheiro. Vamos a elas:


1 - Ganhar na Mega-Sena. Essa é óbvia e não demanda grandes explicações. É só fazer uma aposta, acertar os 6 números e correr pro abraço;

2 - Investir na Bolsa de Valores. Investir é meio que um tipo de aposta, você pode ganhar muito dinheiro mas pode perder muito também. E isso pode demorar anos para acontecer, como acontecer repentinamente. Dia desses, uma das empresas com capital aberto na Bovespa teve suas ações valorizadas em 700% num único dia. Quem comprou R$ 1 milhão em ações da tal empresa, acabou o dia com R$ 8 milhões!!!

3 - Virar um blogueiro bem-sucedido. Os rendimentos não chegam nem perto das duas alternativas anteriores, mas já servem para alguma coisa. Sei de um blogueiro que chega a ganhar US$ 13 mil dólares por mês! (não sou eu :\);

4 - Virar vendedor. Mas não qualquer tipo de vendedor. Dependendo do ramo de atuação, dá pra faturar uma boa grana. Conheço um cara que vende açúcar para supermercados, ele é intermediário entre a indústria e o varejo. Outro dia estava contando que houve uma época em que o valor mensal de suas comissões chegava a R$ 100 mil reais. Mas é como eu disse, depende da área de atuação. Alguns vendedores faturam muito mais que isso, outros sofrem para faturar mil reais mensais.


UMA RESPOSTA ...
Ganhar “muito” dinheiro
Semana passada, escrevi aqui neste espaço sobre o tema “ganhar dinheiro”. Como disse na abertura do artigo, tratava-se de assunto polêmico. Não deu outra: choveram e-mails e telefonemas, com os mais diversos comentários. Muitos elogios, aprovações e boas reclamações também.

De alguns amigos eu já esperava a crítica. Conhecendo-os como conheço, sabia que estaria provocando-os com a abordagem. Afinal, para eles não existe simplesmente “ganhar dinheiro”. Somente interessa se for “ganhar muito dinheiro”. Entendo perfeitamente o ponto-de-vista dos que pensam assim. E, em alguns aspectos, até concordo. O único problema é que “muito” é um termo relativo. Muito quanto? Quanto é muito dinheiro para você? Em palestras, costumo perguntar aos participantes qual seria a renda mensal para que eles se tornassem ricos. As respostas variam de R$ 5.000,00 a R$ 10 milhões. Para algumas pessoas, uma renda mensal de cinco mil reais pode ser o sonho de uma vida; a verdadeira fortuna. Para outros, esse valor não cobre as despesas mensais com itens de higiene pessoal. O que é muito para uns, é pouco para outros. Por isso, deixo que cada leitor chegue às suas próprias conclusões sobre quanto dinheiro precisa para viver bem e ser feliz.

Certo é que a felicidade não está condicionada a esse montante. Para alguns, “muito dinheiro” pode representar a verdadeira desgraça, o infortúnio, o fim da vida. Conhecemos histórias reais que tiveram final trágico quando seus protagonistas foram “presenteados” com a fortuna. Por outro lado, há pessoas que com “pouco dinheiro” conseguem levar uma vida tranqüila e feliz. E que se dizem plenamente realizadas. Parece-me que o importante está na forma como cada um lida com o que tem, ou melhor, com sua própria vida, independente de ter muito ou pouco dinheiro.

Outra crítica à abordagem do artigo anterior foi o fato de eu ter condicionado “ganhar dinheiro” com trabalho (em alguns casos, com muito trabalho). É incrível, mas tem gente que ainda pensa em ficar rico, sem fazer nada, levando a vida na valsa.

Bom, em parte, essa crítica pode ter razão: se você pensar em evoluir financeiramente trabalhando muito, corre o risco de ver a vida passar, sem aproveitá-la. Há uma variável que precisa ser adicionada à equação para que ela traga melhores resultados. É o conhecimento! Uma nova perspectiva sobre as possibilidades de “ganhar dinheiro” pode acelerar o processo de evolução patrimonial; e melhorar a qualidade de vida. Aquela coisa de trabalhar, trabalhar, trabalhar, sem sair do lugar, realmente não é algo que eu recomendo. Trabalhar no sentido de correr atrás do dinheiro, também não.

As coisas adquirem nova forma quando começa a se perceber que o bom trabalho é o que nas traz satisfação e melhora nossa vida. Também, quando aprendemos que é preciso fazer o dinheiro trabalhar para nós, e não o contrário.

Portanto, nos exemplos do artigo anterior, em que alguns profissionais “trabalham” além do expediente normal, presumo que estão fazendo coisas que gostam de fazer, mais por prazer do que por necessidade. E que, naturalmente, são remunerados por isso, utilizando o ganho extra para o aumento de seus patrimônios, de maneira inteligente.

Você conhece alguém que não faz nada? Sempre estamos ocupados. E é muito bom quando nos ocupamos com coisas que gostamos de fazer e que de sobra ainda nos traz dinheiro. Fazer do lazer o ganha-pão ou transformar trabalho em lazer não é exatamente o que aprendemos nas escolas.

Agora, se isso vai trazer “muito” dinheiro para você, eu não sei. Pois, tudo dependerá daquilo que falei antes: quanto é “muito” para você.

O que eu sei é que conheço gente que está ganhando “muito” dinheiro porque está fazendo a coisa certa. Sabe o que fazer com o dinheiro que ganha; sabe como ganhar mais dinheiro; e sabe aproveitar a vida enquanto faz tudo isso ao mesmo tempo.

Assim, eu também acho bom.
Jornal de Hoje

domingo, 16 de agosto de 2009

ONIOMANIA : COMPRAR ACIMA DO PEMITIDO.


Transtornos da modernidade

Por Emanuelle Bezerra

A segunda metade do século XX foi marcada por muitas transformações na sociedade. Junto com todas as novidades tecnológicas, desenvolvimento econômico de muitos países e, por consequência disso, melhoria na qualidade de vida, surgiram novos problemas também. Alguns transtornos mentais anteriormente nunca documentados começaram a surgir em meio à criação de meios de comunicação que difundiram conceitos que muitas vezes não podem ser adotados por todos.

O incentivo ao consumo é um bom exemplo disso. A vontade de comprar desordenada tornou-se uma doença que já atinge 2% da população mundial. A oniomania – como é chamado este transtorno – pode demorar a ser diagnosticada, já que a prática do consumo é bem vista pela maioria da sociedade e pelo fato de muitos desejarem o status do poder de compra.

A oniomania é caracterizada pela deliberação que o desejo por determinado produto provoca no paciente. Não é apenas o consumo, o objeto, mas a satisfação ao concretizar a vontade crescente de compra que gera ansiedade e planejamento, tomando grande parte do tempo da pessoa. O Dr. Antônio Luciano, que trabalha em um programa da Associação Brasileira de Psiquiatria de desmistificação de transtornos e é coordenador científico da Interconsulta Psiquiatra Hospitalar, diz que existem pessoas com uma predisposição para a oniomania, mas que o problema é acentuado com a exposição à publicidade e à propaganda.

Segundo o especialista, apesar de muitos psiquiatras acreditarem que a oniomania seja um fenômeno da pós-modernidade, não há como se ter certeza, pois não existem artigos científicos que comprovem essa tese. O fato é que este e outros transtornos — como a síndrome do pânico, transtornos alimentares e compulsivos — começaram a ser identificados após os anos de 1950.

O tratamento

Nos Estados Unidos, o primeiro grupo de apoio para os dependentes de compras surgiu já na década seguinte ao início da identificação da doença, em 1968. Os Devedores Anônimos só chegaram ao Brasil em 1997, com reuniões em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná. Os encontros semanais fazem parte do tratamento, que inclui ainda medicamentos e psicoterapia.

Além disto, é necessário dar fim a todas as formas de crédito do paciente, como cheques e cartões de crédito. Uma outra pessoa precisa assumir o controle financeiro da vida do paciente e ajudá-lo a se reorganizar. O Dr. Leandro diz que, apesar de a doença não ter cura, existem pessoas que conseguem recuperar o controle e deixar de tomar os medicamentos. Outras precisam do acompanhamento de remédios para sempre. “A pessoa cria estratégias internas que a ajudam a sofrer menos desta dependência”. Ele lembra também que esta compulsão é comum em pessoas portadoras de outros transtornos mentais, como o bipolar.

H. Vidal sofre de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e apresentou a oniomania durante o tratamento. “Foi um efeito colateral do antidepressivo. Eu tive uma virada maníaca e gastei R$ 40 mil em livros e DVDs em dois meses”. O que diferencia o paciente que sofre de outra doença e apresenta a compulsão do portador de oniomania é justamente o imediatismo da compra. O Dr. Luciano explica que a pessoa compulsiva por compras delibera um tempo muito grande pensando na compra. “O processo da compra é o que caracteriza a oniomania. A pessoa passa horas ansiosa por satisfazer o desejo de ter algo e assim que o satisfaz já coloca outro no lugar. Ela não se importa com as dívidas, ou com o comprometimento de seus bens e renda. É de fato um vício. Diferente dos outros transtornos em que a pessoa olha, gosta e compra sem pensar como irá pagar”.

O psiquiatra também lembra que a oniomania, assim como os transtornos alimentares, atinge muito mais a população feminina. A média é de um homem para cada quatro mulheres afetadas pela doença. “No homem isto é menos característico ou menos divulgado por eles. Pode ser por uma questão cultural, o homem pode sentir vergonha desta exposição, ou mesmo pelos hábitos de compras serem diferentes entre os gêneros”. R. Soares, por exemplo, gastou toda a sua herança em carros. “Sempre que ficava para baixo comprava um carro ou uma caminhonete nova para as duas fazendas que meu pai deixou. Enchi os mais de 21 mil hectares de veículos e fiquei sem chão, sem ter onde morar”.

Assim como todo dependente, os consumidores compulsivos demoram a admitir seu vício. R. Soares diz que só admitiu quando viu sua mulher e filhos irem para a casa da sogra. “Minha mulher tentou me alertar, mas como dinheiro não era o problema eu dizia que ela não queria que eu gastasse muito em um carro para ela poder gastar tudo com blusinhas”. O Dr. Leandro alerta também para a questão financeira. Muitas pessoas com o poder de compra menor têm um menor grau de dependência e ao adquirir posições maiores a compulsão também cresce. O início da doença coincide com o fim da adolescência, mas o comportamento só se torna problemático cerca de dez anos mais tarde.

Nas mulheres, o transtorno se apresenta na quantidade de coisas adquiridas. T. Moura frequenta o D.A. há um ano e meio diz que conseguiu encontrar o equilíbrio,apesar de ainda sentir muita vontade de “torrar todo o pagamento de uma vez”. Ela precisou ser afastada do trabalho pela falta de produtividade, pois passava muitas horas planejando uma compra. “No inverno de 2007, quando o quadriculado voltou à moda, eu quis tanto uma calça nesse estilo que comprei umas cinco, mas apesar de gostar de todas, eu não encontrava a perfeita. Fiquei tão apreensiva de nunca encontrar que simplesmente só pensava nisso. Em que loja eu poderia procurar, que formatos de bolso, enfim, foi loucura, já se passaram dois anos e elas ainda estão com a etiqueta”.

Moura também contraiu uma dívida mensal quatro vezes maior do que sua renda. Ela explica que, como sempre comprou muito, em alguns lugares ficou conhecida e com crédito. Porém, na ocasião de seu afastamento, o volume de compras aumentou e ela paga por estas dívidas até hoje. “O segredo é não fazer o primeiro débito”, conclui.


PUBLICADO EM OPINIÃO E NOTÍCIA.

http://opiniaoenoticia.com.br/vida/comportamento/oniomania-compras-acima-do-permitido/?optin

sábado, 15 de agosto de 2009

GARANTIA BANCÁRIA.



Parmesão é garantia bancária na Itália
Do UOL Tabloide
Em São Paulo
Dinheiro não é tudo na vida. Há também o queijo.

Na Emilia Romana, centro da Itália e pátria do parmesão, os empréstimos bancários concedidos aos agricultores são garantidos por fornadas do delicioso queijo, depositado nos bancos enquanto alcança o ponto ideal.
Este sistema único no mundo nasceu nos anos 50 e no século 21 ainda é utilizado por quatro bancos desta região da Itália: o Banco Agrícola Mantovana (MPS), o Popolare di Verona, o Popolare dell'Emilia Romagna e o Credem (Crédito Emiliano), que abrigam mais de 400.000 fôrmas de parmesão.

A fôrma de parmesão, que pesa 40 quilos e vale 300 euros, amadurece após dois anos da fabricação.

"Durante os dois anos, os produtores devem enfrentar os diversos gastos e continuar pagando os fornecedores. Para permitir o acesso ao financiamento necessários, os bancos da região de vocação agrícola decidiram criar depósitos para parmesão", explica William Bizzarri, diretor geral da Magazzini Generali delle Tagliate (MGT), uma empresa fundada pelo Credem em 1953.

Os depósitos servem ao mesmo tempo de garantia para os créditos. Se o cliente não pagar o crédito, o banco recupera o valor vendendo o queijo
.

VEJA : http://noticias.uol.com.br/tabloide/tabloideanas/2009/08/14/ult1594u1690.jhtm

14/08/2009 - 07h39

VEÍCULOS : FINANCIAMENTO.


13/08/2009 - 10h37
MERCADO
Maioria da frota brasileira é de carros financiados
Para estudo, 56% dos 24,4 milhões de veículos em circulação têm financiamento

da Redação

Se você sempre ouve aquele discurso de que o melhor é comprar à vista, mas adquiriu um veículo por meio de financiamento, saiba que não está sozinho. A maioria (56%) da frota estimada de 24,4 milhões de veículos e comerciais leves com 15 anos de vida em circulação no Brasil tem financiamento ativo. O dado foi divulgado pela Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), referente ao primeiro semestre deste ano.

Esse volume equivale a cerca de 14 milhões de consumidores, sendo que 38,6% têm alienação fiduciária gerada por operações de CDC (crédito direto ao consumidor) ou consórcio, 14,4% têm arrendamento mercantil e 3% têm algum outro tipo de financiamento (penhor mercantil, reserva de domínio etc).

O saldo total das carteiras de leasing e CDC para a aquisição de veículos pelas pessoas físicas teve alta de 14,7%, saltando de R$ 129,4 bilhões em junho do ano passado para R$ 148,5 bilhões no mês de 2009. Se analisadas separadamente, a carteira de leasing cresceu 43,1%, passando de R$ 45,5 bilhões em junho de 2008 para R$ 65,1 bilhões em junho deste ano. Já o saldo da carteira de CDC teve uma retração de 0,6%, saindo de R$ 83,9 bilhões para R$ 83,4 bilhões, comparando o mesmo período.

O saldo acumulado do crédito das carteiras de Leasing e CDC corresponde a 5,1% do PIB (Produto Interno Bruto, conjunto das riquezas produzidas no país), contra 4,4% em relação ao mesmo período de 2008. Esse montante também passa a representar 34,2% do total do crédito destinado no mercado para as pessoas físicas.

As taxas de juros em junho de 2009 seguem em tendência de queda. Nos primeiros seis meses do ano, a taxa média de juros praticada pelas associadas à Anef chegou ao patamar de 1,49% ao mês, enquanto no mesmo período do ano passado, a média mensal ficou em 1,65%.

O plano máximo de financiamento apresentou pequena elevação em comparação ao mesmo período do ano passado, saltando de 72 meses para 80 meses. Em relação aos planos médios, estão em 41 meses, igualando-se ao patamar do primeiro semestre de 2008. Já a inadimplência acima de 90 dias encerrou o período com índice de 5,5% na carteira de CDC.

"Neste primeiro semestre de 2009, o setor apresentou uma boa evolução, com o quadro de queda das taxas de juros e sensível alongamento dos planos de financiamento, porém com estabilidade nos planos médios", afirma Luiz Montenegro, presidente da Anef. "Esses fatos apontam para um sinal positivo de reação do segmento em relação aos impactos da crise internacional, mostrando que a confiança do consumidor vem sendo retomada."

Nos primeiros seis meses de 2009, 58% das vendas de automóveis e comerciais leves foram a prazo. Desse total, 27% ocorreram por meio de leasing, 26% foram por CDC e 5% por consórcio. Em relação às vendas de veículos comerciais (caminhões e ônibus), 54% foram por Finame, 22% por leasing, inclusive Finame leasing, 12% por CDC e 2% por meio de Consórcio. No setor de motocicletas, 42% das vendas ocorreram por meio de CDC, 32% por Consórcio e 3% por meio de leasing.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS COM A UNIÃO.


Contribuintes podem renegociar dívidas com a União a partir de segunda-feira
Da Agência Brasil
A partir de segunda-feira (17), os contribuintes que têm dívidas com a União e não foram beneficiados pelo perdão de débitos de até R$ 10 mil poderão negociar o parcelamento. O prazo acaba às 20h de 30 de novembro. A renegociação também abrange os exportadores que passaram a dever ao governo por causa da extinção do crédito-prêmio do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), decidida ontem (13) pelo Supremo Tribunal Federal.

Os requerimentos de adesão ao parcelamento deverão ser protocolados exclusivamente nas páginas da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ou da Receita Federal na internet, nos endereços www.pgfn.fazenda.gov.br ou www.receita.fazenda.gov.br. O contribuinte precisará de certificação digital ou de código de acesso, que pode ser obtido no site da Receita.

As dívidas vencidas até 30 de novembro do ano passado poderão ser parceladas em até 180 meses (15 anos). O benefício também abrange contribuintes que já tinham aderido a outros programas de renegociação, como o Programa de Recuperação Fiscal (Refis), o Parcelamento Especial (Paes) e o Parcelamento Excepcional (Paex). A renegociação, no entanto, não abrange os débitos relativos ao Simples Nacional.

Os débitos relativos aos créditos do IPI cobrado sobre matérias-primas também poderão ser parcelados. Até 2007, havia indústrias que não pagavam IPI sobre insumos, mas conseguiam na Justiça descontar os créditos tributários (como se tivessem pagado o imposto). O Supremo deu ganho de causa ao governo e essas empresas passaram a ser devedoras. O total da dívida é estimado em R$ 60 bilhões.

A PGFN esclareceu ainda que as dívidas da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) das sociedades civis de prestação de serviços também estão incluídas no parcelamento.

O valor de cada prestação será corrigido pela variação da taxa Selic entre o mês seguinte ao que a dívida foi consolidada até o mês anterior ao pagamento, além de sofrer acréscimo de 1% para o mês em que a parcela for quitada. As prestações vencerão no último dia útil de cada mês e a primeira parcela deverá ser paga no mês de formalização do pedido.

Em todos os casos, haverá redução de multas, juros de mora e encargos legais, mas quem optar pelo pagamento à vista terá maiores descontos. Será excluído do programa quem tiver pelo menos três prestações com mais de 30 dias de atraso ou quem deixar de pagar uma parcela, estando pagas as demais. De acordo com a PGFN e a Receita, parcelas pagas com até 30 dias de atraso não acarretarão inadimplência.

Para débitos não incluídos em outros programas de parcelamento, a prestação mínima será de R$ 50 para pessoa física e R$ 100 para pessoa jurídica. No caso do crédito do IPI sobre matérias-primas e do crédito-prêmio, as parcelas não poderão ser menores que R$ 2 mil.

Incluído pelo Congresso na Medida Provisória (MP) 449, editada em dezembro do ano passado e aprovada em maio, o parcelamento ainda não tinha entrado em vigor porque não estava regulamentado. A MP 449 é a mesma que perdoou as dívidas de até R$ 10 mil com a União vencidas até 31 de dezembro de 2002.

A lei também determinou que as dívidas de até R$ 10 mil vencidas de 1º de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2005 fossem objeto de outro parcelamento, anunciado em março. As dívidas abaixo desse valor vencidas entre 1º de janeiro de 2006 e 30 de novembro de 2008 foram incluídas na nova renegociação.


FONTE : UOL ONLINE - 14/08/09.

VEJA MATÉRIA : http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/08/14/ult4294u2846.jhtm

BANCOS


BB e Bradesco são os mais rentáveis na AL e EUA.
Bancos brasileiros apresentam rentabilidade de, respectivamente, 12,9% e 11,2%; Itaú Unibanco fica em 3º.

São Paulo. O Banco do Brasil (BB) e o Bradesco foram as instituições mais rentáveis na América Latina e nos Estados Unidos no primeiro semestre do ano, aponta estudo da Economática. Os bancos apresentaram Rentabilidade sobre o Patrimônio de, respectivamente, 12,9% e 11,2%. O Itaú Unibanco aparece em terceiro lugar no ranking da consultoria, com 10,1% de rentabilidade, e o Santander Brasil fica em 15º, com 2,1%.

Segundo o estudo, somente 20 bancos na América Latina e nos EUA possuem ativos superiores a US$ 100 bilhões, sendo o primeiro o Bank of América, com US$ 2,254 trilhões. A instituição latino-americana melhor posicionada é o BB, na 7ª posição, com US$ 306,8 bilhões de ativos em junho de 2009. O Itaú Unibanco vem em seguida, com US$ 305,6 bilhões.

Com o resultado do segundo trimestre, o banco público retomou a posição de maior banco brasileiro em ativos, perdida em novembro passado com a fusão entre Itaú e Unibanco. No relatório que acompanha o balanço trimestral, o banco estatal atribui o crescimento dos ativos ao aumento das captações e à expansão da carteira de crédito, que avançou 32,8% nos últimos 12 meses e 4,4% no trimestre, para R$ 252,485 bilhões.

O Bank of América também ocupa o topo da lista de bancos com maior lucro liquido no primeiro semestre de 2009 na região pesquisada. A instituição norte-americana fechou o semestre com US$ 7,471 bilhões de lucro. O Itaú Unibanco aparece em 6º, com US$ 2,349 bilhões, seguindo do Bradesco (US$ 2,060 bilhões) e do Banco do Brasil (2,056 bilhões).

VEJA NA ÍNTEGRA : AMERICAONLINE.


http://www.americaeconomia.com.br/319964-BB-e-Bradesco-sao-os-mais-rentaveis-na-AL-e-EUA.note.aspx

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

DIVIDAS ?



Endividamento x inadimplência:
você sabe a diferença entre os termos?

SÃO PAULO - Muitos não sabem - e, por isso, usam os termos de maneira incorreta -, mas existe diferença entre endividamento e inadimplência.

A palavra endividamento se refere ao fato de uma pessoa pegar emprestado recursos financeiros de que necessita. Em termos de economia, isso é bastante positivo, uma vez que possibilita que as pessoas possuam o que demorariam muito a adquirir se precisassem juntar dinheiro. O problema é que, para ter o dinheiro agora, pagam-se juros, que podem ser exorbitantes.

E um fator que complica ainda mais essa situação é que muitas pessoas não analisam sua necessidade antes de se endividar. A "regra de ouro" é evitar que as parcelas dos empréstimos tomados ultrapassem 25% da renda mensal familiar ou, então, o tomador do empréstimo terá dificuldades em arcar com as despesas básicas.

O resultado?

O resultado do endividamento em excesso pode ser a inadimplência, que nada mais é do que o não pagamento de um compromisso financeiro até a data de vencimento, quando feita negociação de prazos entre as partes, para aquisição de bem durável ou não-durável, bem como para a prestação de um serviço.

Ao atrasar uma dívida, o consumidor corre o risco de ter seu nome incluído em cadastro de inadimplentes, que pode ser o SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) ou a Serasa. Empresas e instituições financeiras podem fazer isso após um dia de atraso de pagamento da dívida que foi tomada.

Mas, para o Banco Central, que divulga dados sobre a inadimplência mensalmente, dívidas com atraso entre 15 e 90 dias são consideradas apenas "em atraso", enquanto inadimplência mesmo é quando o não pagamento ultrapassa esse período.

Últimos dados do BC, do mês de junho, mostraram que a inadimplência dos consumidores atingiu 8,6% das operações de crédito, mesmo patamar registrado em maio. No mesmo período, as dívidas vencidas de 15 a 90 dias representaram 6,8% das movimentações, mantendo o mesmo percentual do mês anterior.

Cadastro positivo

O SCPC, por exemplo, é um cadastro negativo de crédito, pois contém informações de consumidores que estão inadimplentes ou em atraso com suas obrigações financeiras. Porém, o que se estuda no Brasil é implantar um cadastro que contenha informações de endividamento dos consumidores.

O cadastro positivo foi aprovado no dia 20 de maio pela Câmara dos Deputados. Ele prevê que informações de endividamento sejam reunidas, entre elas, quantas dívidas a pessoa possui e de qual tipo de produto ou serviço.

Os defensores da ideia dizem que o cadastro poderá diminuir as taxas de juros ao consumidor, além de melhorar a qualidade do crédito no Brasil. Já os críticos, como entidades de defesa do consumidor, dizem que muitas informações sobre a tomada de crédito são abusivas e tiram a privacidade do consumidor. Elas também argumentam que pode haver discriminação em relação ao cidadão que não está no cadastro.
13/08/2009 - 08h00 INFOMONEY

terça-feira, 11 de agosto de 2009

VIDA




“A felicidade não está em viver,
mas em saber viver.
Não vive mais o que
mais vive,
mas o que melhor vive.”

(Mahatma Gandhi)

sábado, 8 de agosto de 2009

DOMINGO : DIA DOS PAIS.



por Semanário da Zona Norte

http://www.semanariozonanorte.com.br/

Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida. Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.

Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos. A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).

No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família. Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e européia.

Em outros países

Pelo menos onze países também comemoram o Dia dos Pais à sua maneira e tradição.

Na Itália por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de março. Apesar da ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.

Reino Unido - No Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho, sem muita festividade. Os ingleses não costumam se reunir em família, como no Brasil. É comum os filhos agradarem os pais com cartões, e não com presentes.

Argentina - A data na Argentina é festejada no terceiro domingo de junho com reuniões em família e presentes.

Grécia - Na Grécia, essa comemoração é recente e surgiu do embalo do Dia das Mães. Lá se comemora o Dia dos Pais em 21 de junho.

Portugal - A data é comemorada no dia 19 de março, mesmo dia que São José. Surgiu porque é comercialmente interessante. Os portugueses não dão muita importância para essa comemoração.

Canadá - O Dia dos Pais canadense é comemorado no dia 17 de junho. Não há muitas reuniões familiares, porque ainda é considerada uma data mais comercial.

Alemanha - Na Alemanha não existe um dia oficial dos Pais. Os papais alemães comemoram seu dia no dia da Ascensão de Jesus (data variável conforme a Páscoa) . Eles costumam sair às ruas para andar de bicicleta e fazer piquenique.

Paraguai - A data é comemorada no segundo domingo de junho. Lá as festas são como no Brasil, reuniões em família e presentes. Peru - O Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Não é uma data muito especial para eles.

Austrália- A data é comemorada no segundo domingo de setembro, com muita publicidade.

África do Sul - A comemoração acontece no mesmo dia do Brasil, mas não é nada tradicional.

Rússia - Na Rússia não existe propriamente o Dia dos Pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de fevereiro, chamada de “o dia do defensor da pátria” (Den Zaschitnika Otetchestva). Independente do seu lado comercial, é uma data para ser muito comemorada, nem que seja para dizer um simples “Obrigado Papai” !

Ser pai

Ser pai é acima de tudo, não esperar recompensas, mas ficar feliz. É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão, é aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros. Ser pai é aprender errando, a hora de falar e de calar.

É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois. Mas jamais falar no momento preciso é ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte. É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar. Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez.

É esperar. É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo. Portanto, é agüentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos. Ser pai é saber e calar, fazer e guardar, dizer e não insistir, falar e dizer, dosar e controlar-se, dirigir sem demonstrar.

É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói. Ser pai é ser bom sem ser fraco, é jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão. Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar, é compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida. Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão, mas ir às lágrimas quando chegam. Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição. É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho, é saber brincar e zangar-se, é formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber. Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação. Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio, o máximo de convivência no máximo de solidão. É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver. É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante


FABIO JR.

http://www.youtube.com/watch?v=paz0gomOEgc

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

FAMILIA MALUF


Justiça de SP bloqueia bens de filhos de Paulo Maluf; Eucatex escapa
Da Redação - UOL ONLINE -05/08/2009 - 19h10

A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio dos bens de dois filhos do deputado federal e ex-prefeito da Capital Paulo Maluf (PP). Além de Otávio Maluf e Lina Maluf, também estão indisponíveis os bens de duas empresas da família (Kildare Finance Limitec e Macdoel Investment Limited) e de um jordaniano acusado de participar do esquema de envio ilegal de recursos para o exterior.

A decisão liminar do juiz Aléssio Martins Gonçalves, da 4ª Vara da Fazenda Pública, atendeu parcialmente a pedido do Ministério Público, que na última segunda-feira (3/8) propôs ação civil pública contra Maluf, pedindo a devolução de mais de R$ 300 milhões supostamente desviados de obras públicas durante a gestão do ex-prefeito (1992-1996).

Aléssio Gonçalves, no entanto, rejeitou o congelamento dos bens da Eucatex, principal empresa de Maluf e apontada pela Promotoria como maior beneficiária do repasse de dinheiro proveniente de contas secretas no exterior. O magistrado entendeu que a medida poderia levar à falência da empresa, que já se encontra em processo de recuperação judicial, o que poderia prejudicar o ressarcimento dos cofres públicos.

Maluf, a esposa dele, Sylvia, e o filho Flávio já estão com os bens bloqueados por decisão judicial desde 2004. Em setembro de 2005, o ex-prefeito chegou a ser preso por 40 dias na carceragem da Polícia Federal em São Paulo, em virtude de outro processo que corre no STF (Supremo Tribunal Federal).

Apesar de terem elogiado a decisão do juiz, os promotores Silvio Antonio Marques e Saad Mazloum, responsáveis pelo processo contra Maluf, disseram que vão recorrer ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) para que a liminar alcance também os bens da Eucatex.

De acordo com os promotores, a empresa tem condições de continuar suas atividades mesmo com o bloqueio parcial de bens requerido pelo MP. Além disso, consideram que, se os bens da Eucatex não forem bloqueados pela Justiça brasileira, corre-se o risco de os tribunais da Suíça, de Jersey, da França e de Luxemburgo reverem o bloqueio de bens já determinado naqueles países.

O esquema

De acordo com o MP, entre 1993 e 1998, Maluf desviou cerca de US$ 160 milhões dos cofres públicos municipais, por meio de superfaturamento de preços das obras da Avenida Água Espraiada (hoje Avenida Jornalista Roberto Marinho) e do Túnel Ayrton Senna.

O ex-prefeito teria recebido recursos indevidamente até dois anos depois de ter deixado o cargo. O dinheiro teria sido remetido ilegalmente para contas secretas no exterior —bancos dos Estados Unidos, Suíça, Inglaterra, Ilhas Jersey, França e Luxemburgo— por meio de empresas offshore controladas por familiares de Maluf.

A maior parte desse dinheiro retornou ao Brasil, entre 1997 e 1998, por meio da compra de ações da Eucatex, intermediada por fundos de investimento controlados pela família Maluf. Outra parte foi repatriada por meio de empréstimo, compra de valores mobiliários e pagamento de adiantamento a contrato de exportação, todos favorecendo a Eucatex. Essa operação movimentou mais de US$ 165 milhões.

Histórico

As investigações do MP sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo o ex-prefeito começaram em 2001. As apurações resultaram em seis ações cautelares, por meio da qual foi obtida a quebra do sigilo fiscal e bancário de Maluf e de seus familiares.

Em 2004, o Ministério Público moveu uma ação de improbidade que resultou no bloqueio judicial dos bens da família Maluf. Essa decião, segundo o MP, foi mantida pelo Tribunal de Justiça, pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e pelo STF (Supremo Tribunal de Justiça).

O ex-prefeito também foi indiciado, juntamente com o filho Flávio e outras três pessoas, pela Promotoria de Nova York, que conseguiu na Justiça norte-americana a decretação da prisão de todos eles, ainda em vigor. Maluf e familiares também tiveram dinheiro bloqueado nas Ilhas Jersey, onde foram indiciados.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

UM RACHA NAS CASAS BAHIA


Depois de anos de conflito, Saul Klein vende sua participação na empresa para o irmão Michael.

Por Marcelo Onaga | 04.08.2009 | 17h00

As Casas Bahia, maior rede de varejo de móveis e eletrodomésticos do país com faturamento anual de aproximadamente 14 bilhões de reais e 60 000 funcionários, acaba de realizar a mais importante mudança de estrutura societária de sua história. Saul Klein, filho do fundador Samuel e irmão mais novo de Michael Klein, presidente da empresa, está fora da sociedade.

Responsável pela área comercial das Casas Bahia e dono de um terço das ações da companhia, Saul vendeu sua parte para o irmão, que detinha também um terço. O terço restante continua nas mãos de Eva, irmã de Saul e Michael que vive nos Estados Unidos e não participa da administração da empresa. No mercado comenta-se que Michael recorreu a bancos e fundos estrangeiros para levantar os recursos. A empresa não comenta, mas estima-se que a parte de Saul valeria cerca de 4 bilhões de reais.

O principal motivo para saída de Saul teria sido a série de desentendimentos com o irmão sobre a condução dos negócios e também a decisão do pai de entregar o comando da empresa a Michael, o primogênito, como manda a tradição judaica. Saul é tido como um grande negociador. É ele quem conseguia preços e prazos junto aos fornecedores em condições mais vantajosas do que a concorrência. "O mercado confia nele e já sabe seu jeito de negociar. Vai ser difícil encontrar um substituto à altura", afirma uma pessoa que trabalhou com a família.

A saída de Saul ocorre em um momento em que o relacionamento das Casas Bahia com os fornecedores tende a ficar mais difícil. A compra do Ponto Frio pelo Pão de Açúcar criou, pela primeira vez, um concorrente com poder para ameaçar a liderança da família Klein no varejo de eletrônicos. "Até agora os fornecedores eram obrigados a aceitar as imposições das Casas Bahia, que eram líderes incontestáveis do mercado", diz um concorrente. "O fortalecimento do Ponto Frio cria um canal que torna menor a dependência dos fabricantes em relação às Casas Bahia.".

Por outro lado, a saída de Saul elimina um foco de conflito dentro da empresa e abre espaço para que Michael busque um investidor de peso para a rede. O irmão mais novo sempre foi um crítico da sanha expansiva de Michael. A compra de lojas no Sul do país e o fechamento das mesmas poucos meses depois foi um dos pontos de atrito. "A briga entre os dois dividia a equipe e tornava inviável a entrada de um novo sócio", diz um executivo do setor.

O momento das Casas Bahia não é dos melhores. Ainda que seu faturamento seja praticamente o dobro das operações de eletroeletrônicos do Pão de Açúcar somadas ao Ponto Frio, os resultados financeiros do grupo da família Klein estariam em queda nos últimos meses. A empresa é fechada e não divulga seus resultados, mas uma pessoa com acesso aos dados da rede diz que houve uma grande queda de receita financeira nos últimos anos.

O grande vilão da história seriam os cartões de crédito. Até 2004, as Casas Bahia não aceitavam pagamentos com cartões. O forte da rede era sua venda com carnês, com financiamento próprio. Cerca de 80% de sua receita seria proveniente da área financeira. Apenas 20% viriam do resultado da venda dos produtos. Com a disseminação dos cartões, que bancam vendas em até dez vezes sem juros, a rede passou a aceitar o pagamento com dinheiro de plástico. De 5% do total de pagamentos realizados em 2006, os cartões passaram a representar 40% das compras. E os ganhos financeiros não param de cair.

Já o destino de Saul Klein é incerto. O empresário não gosta de se expor, raramente é fotografado e ainda não anunciou o que vai fazer com os bilhões recebidos. Comenta-se que o caçula dos Klein poderia comprar uma concorrente menor das Casas Bahia e levar com ele boa parte da equipe de vendas da empresa fundada por seu pai. "O Saul conhece o mercado como poucos e tem muita credibilidade com os fornecedores. Dificilmente vai ficar parado", diz um executivo que trabalhou com os Klein.

PORTAL EXAME



http://portalexame.abril.uol.com.br/negocios/racha-comando-casas-bahia-489711.html?page=1

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Special Management Program - John Percival


Com o dinheiro dos outros

Em vez de criar valor, a FedEx destruía valor, erodindo o investimento dos acionistas. Confira como o professor John Percival chega a essa conclusão.
No que tange ao giro de capital (Giro de capital = receitas/capital total), outro indicador importante, que expressa a receita que geramos para cada dólar investido, tanto uma quanto outra empresa tiveram declínio, mas a UPS apresentou situação mais confortável. “Se o giro de capital diminui, enquanto a receita cresceu, provavelmente houve, por parte da FedEx, investimentos consideráveis em lindos aviões, logística e tecnologia de ponta”, explica Percival que, a respeito de Fred Smith, comenta “O edifício sede da FedEx é suntuoso. Ele adora investir o dinheiro dos outros”.

A consequência direta é um abalo no ROIC (ROIC = NOPAT/capital), que mede o retorno sobre o capital investido. Para a FedEx, o ROIC foi se tornando menor do que o custo de capital (Custo do capital = (passivo/capital)+ (patrimônio líquido/capital)), ainda que o custo de capital fosse baixando. “Mas o custo de capital ia baixando, porque os juros estavam caindo, não porque a gestão era boa. O ROIC caiu ainda mais; isso significa que Fred Smith destruiu o valor do capital da FedEx”, avalia o professor. Isso não acontecia com a UPS.

Custo de capital

“Capital tem custo! Qual o custo da dívida?”, provoca Percival. Ele explica que o custo médio ponderado do capital é a soma do custo do passivo com o custo do patrimônio líquido. O palestrante alerta para os equívocos de apostar nos juros dedutíveis de impostos: “Os juros são dedutíveis do imposto, mas só interessam quando se está lucrando”. Nos Estados Unidos, as empresas tomam dinheiro emprestado e deduzem os juros dos 25% de impostos. Isso contribui para a superalavancagem de empresas no mundo todo. “Vamos, então, colocar os juros após a tributação”, conclama.

Ele acrescenta que o custo de capital é a medida do que deveríamos ter ganhado. O retorno é o que ganhamos de fato. A criação de valor, portanto, começa com o custo de capital. “Se você não está criando valor, está destruindo, e isso é inaceitável. Invista em alguém que sabe o que está fazendo!”, recomenda.

EVA e MVA

O EVA (EVA = lucro econômico = (retorno do capital total – custo do capital) x capital) é uma medida, em unidades monetárias, do valor econômico agregado. “O que você investiu será um número positivo. Dada a definição do EVA, a condição necessária para valor econômico agregado positivo é que a taxa de retorno seja maior do que o custo de capital”. Isso era exatamente o que não acontecia na FedEx. Mas acontecia na UPS.

O MVA (MVA = valor de mercado do capital – valor contábil do capital), por sua vez, é o valor agregado segundo o mercado. É uma medida que se obtém considerando o preço da ação, que é o valor de mercado do capital, e subtraindo-se o valor contábil do capital. Na FedEx, o MVA era de US$1,9 bilhões em 1985; dez anos depois, era US$ 600 milhões de dólares menor, ou seja, US$ 1,3 bilhões. “A maré crescente não fez esse barco flutuar, ele estava afundando, mas Fred Smith estava usando cada vez mais o dinheiro dos outros”.

Por outro lado, a UPS mais do que dobrou seu MVA nos mesmos dez anos, saindo de US$3,5 bilhões e atingindo US$9 bilhões em 1994. Em outras palavras, ela aumentou o valor do dinheiro que o investidor colocou na empresa.

A conclusão a que se chega, diante desse quadro comparativo entre duas empresas aparentemente semelhantes, é que a UPS –ainda que “marrom” e conservadora– adotou um padrão de excelência para a execução da estratégia e a gestão financeira muito superior ao da FedEx, tendo sido muito mais competente da criação de valor.

Movimentos de mercado e excelência

Não apenas à grandiosidade de seu fundador se pode atribuir a ingerência financeira da FedEx. Percival não se furtou a comentar uma mudança fundamental no mercado: já não é tão importante que as entregas cheguem em 24 horas ao seu destino, o que é a promessa da FedEx e foi seu grande diferencial por muito tempo. As mensagens chegam praticamente em tempo real por e-mail e, em relação às compras efetuadas pela internet, o consumidor parece aceitar com facilidade um prazo de três dias para entrega. Nesse sentido, a FedEx vê desbotar um dos seus diferenciais e aproximar-se da UPS na mente dos clientes.

Percival conta que, ao longo dos anos e até os dias atuais, a FedEx realizou um trabalho de buscar a excelência em finanças, enquanto a UPS realizou o benchmarking das operações da FedEx. As duas, portanto, vêm desenvolvendo seu aprendizado. O MVA da FedEx atingiu US$11,5 bilhões em 2007. O da UPS, até hoje se mantém em patamares superiores: US$53,8 bilhões.




HSM Online
03/08/2009

IMPOSTÔMETRO.



Impostômetro registra R$ 600 bilhões em tributos arrecadados
Painel eletrônico contabiliza ligeira queda no volume de tributos pagos pelos brasileiros em 2009

31/7/2009 - 20h49

R$ 600 bilhões. Esse é o valor que o painel eletrônico Impostômetro irá atingir às 9h, na segunda-feira, 3 de agosto. Em 2008, esse número foi atingido em 29 de julho, o que representa uma queda na arrecadação de 1,37% em termos nominais, ou seja, sem apresentar o desconto da inflação.

Apesar da baixa no recolhimento de impostos se comparado ao início de 2009, houve uma recuperação no total de tributos arrecadados, conta Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Instituto de Planejamento Tributário (IBPT). Dessa forma, ao fim de agosto, a arrecadação de 2009 será igual à de 2008, em termos nominais. “Sendo assim, neste ano já está garantida uma arrecadação superior a R$ 1 trilhão, podendo a mesma se igualar ou até mesmo ultrapassar a de 2008 que foi de R$ 1,05 trilhão”, explica Amaral.

Por: Bruno Martins - Redação Portal Transporta Brasil

Leia mais notícias sobre o Impostômetros e o IBPT:

Especialista em tributos nos transportes comenta carga tributária do setor

Governo atingiu R$ 500 bilhões em arrecadação de tributos em 30 de julho

Brasileiro pagou R$ 5.572,00 em tributos em 2008.

IMPORTANTISÍMO !!


03/08/2009 - 22h06
CNJ lança "Processômetro" para divulgar e acompanhar trabalho dos tribunais
Marco Antonio Soalheiro
Da Agência Brasil
Em Brasília
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passará a adotar um sistema intitulado "Processômetro", um contador de processos relacionados à chamada Meta 2, de nivelamento do Poder Judiciário, para identificação e julgamento este ano de todos processos protocolados até 31 de dezembro de 2005. O mecanismo estará acessível na página de abertura do portal do CNJ, na internet.Leia também
O presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes, acredita que o instrumento incentivará a eficiência dos tribunais. "Cada tribunal informa de onde está partindo para cumprir a Meta 2 e quanto processos conseguiu eliminar. Há uma concorrência sadia agora. Estamos percebendo por tribunais de todas regiões um esforço com os mutirões, cancelando férias de juiz, um esforço como nunca se tinha visto no Brasil", disse Mendes após a cerimônia de posse de 12 novos conselheiros do CNJ, para o próximo biênio.

Mendes quis falar sobre a denúncia protocolada hoje (3) no CNJ pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), contra o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Dácio Vieira, que proferiu liminar proibindo o jornal O Estado de S. Paulo de publicar informações relativas à família Sarney presentes na Operação Boi Barrica, da Polícia Federal. Segundo Virgílio, a decisão do desembargador afrontou a liberdade de imprensa, considerada um dos princípios basilares do Estado Democrático de Direito.

"Os senhores entendem que talvez tenhamos que julgar esta questão e portanto me permitam [não comentar] para que não digam que eu sou suspeito [para participar do julgamento]", alegou Mendes.

O Processômetro será atualizado mensalmente e os 91 tribunais brasileiros informarão, entre os dias 1º e 10 de cada mês, a quantidade de processos julgados no mês anterior incluídos na Meta 2. Os números poderão ser acompanhados pelo público externo a partir do momento de sua inserção no sistema.

Amanhã (4), o CNJ irá firmar três termos de cooperação técnica acelerar a resolução de processos - um com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e as procuradorias-gerais dos estados, um com os bancos e outro com as empresas de telefonia.

Foram empossados hoje como conselheiros do CNJ o ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho; os desembargadores Nelson Tomaz Braga, Leomar Barros Amorim de Sousa e Milton Augusto de Brito Nobre; a juíza do trabalho Morgana de Almeida Richa; o juiz de direito Paulo de Tarso Tamburini Souza; o juiz federal Walter Nunes da Silva Filho; os advogados Jorge Hélio Chaves de Oliveira, Jefferson Luiz Kravchychyn e Marcelo Neves; o promotor de justiça Felipe Locke Cavalcanti; e o procurador José Adônis Callou de Araújo.

Mendes pediu aos novos conselheiros que dêem continuidade aos trabalhos dos mutirões carcerários e nas Varas de Infância e Juventude dos estados realizados nos últimos meses. O ministro da Justiça, Tarso Genro, representou o presidente Lula na cerimônia mas deixou o local sem falar com a imprensa.



FONTE : Portal Transporta Brasil - Notícias em transporte e logística.


http://www.transportabrasil.com.br/2009/07/impostometro-registra-r-600-bilhoes-em-tributos-arrecadados/