quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Economia dos Estados Unidos em recessão


É oficial: economia dos Estados Unidos está em recessão há um ano
Apesar dos sinais claros de queda econômica há meses, o Escritório Nacional de Pesquisa Econômica, responsável por determinar quando os EUA entram e saem de recessões, esperou até hoje para anunciar a recessão
por Agência Estado.
Washington. É oficial. A economia dos Estados Unidos está em recessão já há um ano. As evidências estavam claras há meses, com a queda na produção, salários congelados e milhares de demissões. Contudo, o Comitê de Datação dos Ciclos de Negócios do Escritório Nacional de Pesquisa Econômica, responsável por determinar quando os EUA entram e saem de recessões, esperou até esta segunda-feira (1) para anunciar a recessão.

Em um documento divulgado nesta segunda-feira, o instituto declarou que a recessão começou em dezembro de 2007, encerrando um período de expansão econômica iniciado em novembro de 2001.

"Uma recessão é um declínio significativo na atividade econômica espalhada pela economia, durando mais do que alguns meses, normalmente visível na produção, no emprego, na renda real e em outros indicadores", diz o comunicado. Ele acrescenta que "o comitê identificou dezembro de 2007 como o mês de pico, depois de determinar que o declínio subseqüente na atividade econômica foi suficientemente grande para qualificar-se como uma recessão".

De acordo com o relatório, concluído na sexta-feira, mas divulgado somente hoje, "o comitê vê a medição de emprego 'payroll', que se baseia em um número grande de empregadores, como a estimativa ampla de emprego mais confiável. Essa série atingiu seu pico em dezembro de 2007 e declinou em todos os meses desde então". O payroll é um relatório mensal do mercado de mão-de-obra americano.

O órgão acrescentou que revisou dados sobre os ciclos econômicos do passado, mas nenhuma mudança foi feita depois de 1978.

Em reação ao relatório, o porta-voz da Casa Branca Tomy Fratto declarou que "como sempre dissemos, o NBER determina as datas de início e fim dos ciclos econômicos, e eles fizeram isso. Mas o que é importante é o que está sendo feito quanto a isso. As coisas mais importantes que podemos fazer pela economia neste momento são trazer os mercados financeiros e de crédito ao normal e continuar a fazer progressos no setor de moradia, e é nisso que continuaremos a focalizar. Lidar com essas áreas dará o melhor resultado para fazer a economia retornar ao crescimento e à criação de empregos".

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