segunda-feira, 6 de abril de 2009

FMI pressiona leste da UE a adotar o Euro.




Os Estados da União Europeia atingidos pela crise na Europa central e oriental deveriam considerar abrir mão de suas moedas em favor do euro mesmo sem se juntarem formalmente à eurozona, de acordo com o Fundo Monteário Interncional.A eurozona poderia afrouxar suas regras de adesão para que os países pudessem entrar como semimembros, sem cadeiras no conselho do Banco Central Europeu, diz o fundo."Para os países da UE, a euroização oferece os melhores benefícios para resolver o acúmulo de dívida em moeda estrangeira, removendo a incerteza e restaurando a confiança.""Sem a euroização, alguns países teriam de fazer uma contenção de gastos massiva para lidar com a dívida em moeda estrangeira, contra uma resistência política crescente".A divulgação do relatório confidencial, preparado há cerca de um mês, pode reacender o debate violento em relação às estratégias de assistência para a Europa central e oriental.Ainda que os líderes globais tenham elogiado o sucesso da cúpula do G20 na semana passada, os desafios da Europa oriental continuam existindo. Em meio a uma recessão que se aprofunda, Ucrânia e Latvia, dois Estados que já estão em programas do FMI, recentemente recusaram-se a aprovar as reformas exigidas pelo FMI. Um terceiro país, a Hungria, está com dificuldades para criar um governo capaz de implementar as reformas.O relatório do FMI foi compilado para apoiar uma campanha de Reconstrução e Desenvolvimento do Fundo, do Banco Mundial e do Banco Europeu para persuadir a UE e os Estados do leste europeu a apoiarem uma estratégia anti-crise de amplitude regional, incluindo um fundo de resgate regional. A campanha fracassou em meio a uma oposição generalizada tanto dos Estados do oeste quanto do leste europeu.Membros da eurozona também são contra facilitar as regras de entrada no grupo, assim como o BCE.O FMI, que prevê um declínio de 2,5% n produto interno bruto regional em 2009, estima que a "Europa emergente" - incluindo a Turquia - precisará rolar US$ 413 bilhões de dívida externa que vencem em 2009 e cobrir US$ 84 bilhões em dívidas de conta corrente projetadas.O relatório estima que o "abismo financeiro" - dinheiro que as instituições financeiras internacionais, a UE e os governos precisarão - será de US$ 123 bilhões este ano e US$ 63 bilhões no próximo, ou seja, US$ 186 bilhões no total.A maior parte disso poderia vir do FMI. Mas o relatório diz que "até US$ 105 bilhões" teriam de vir de outras fontes, inclusive da UE.

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