domingo, 3 de maio de 2009

CONSUMO




Classe média baixa é que deve impulsionar economia em 2009
Neste ano, marcado pela crise, a classe média baixa é que deve puxar a economia."Quando analisadas as classes sociais, a maior participação no potencial de consumo está nas mãos (ou no bolso) da classe B2, representada por domicílios com renda média mensal de R$ 2,3 mil. Em termos de crescimento, as classes C1 e C2, respectivamente com renda média de R$ 1,4 mil e R$ 950, foram as que apresentaram maior crescimento entre 2008 e 2009", afirmou o diretor da Target Marketing, Marcos Pazzini.De acordo com ele, a classe C, por si só, será responsável por mais de 30% do consumo nacional neste ano.Classe média baixa sustentaPara o economista Guilherme Costa, que é professor do curso de Administração das Faculdades Integradas Rio Branco, a classe média baixa emergente é que está mantendo o nível das atividades econômicas de uma certa forma sustentável, evitando uma recessão como nos países do hemisfério Norte, que preveem um crescimento negativo de seus PIBs (Produto Interno Bruto) em relação a 2008."Cerca de 27 milhões de indivíduos saíram das classes econômicas D e E para a classe C, que são famílias com renda entre R$ 1,5 mil e R$ 4,5 mil, e que, portanto, engordaram a classe média, com direito a cartão de crédito para compras, a poder adquirir seu primeiro carro zero quilômetro, a adquirir seu computador e diversos aparelhos eletroeletrônicos, como DVDs, celular, além de linha branca".O professor ressalta ainda a importância dessa classe média: "o eixo dinâmico de nossa economia, em 2009, nesses tempos de turbulência econômica, vem a ser os produtos da classe média brasileira, que não dependem do mercado externo para produzir nem de capitais externos", afirmou, colocando nesta lista de produtos os alimentos, vestuário, higiene pessoal e cosméticos.De acordo com Costa, está previsto para janeiro de 2010 um salário mínimo de R$ 506, já anunciado pelo governo, e isso terá um impacto grande no consumo das famílias, que irão às compras de bens e serviços.Classes altasEm relação às classes mais altas, o que se observa, de acordo com o diretor da Target Marketing, é que houve perda do potencial de consumo. Em 2008, essas classes, somadas, representavam 66,7% do consumo nacional e, em 2009, serão responsáveis por 63,8%. Esses 2,9 pontos percentuais de perda representam menos R$ 51,2 bilhões no bolso dos consumidores dessas classes."Em relação à classe A1, ela é responsável por 4,1% do consumo brasileiro, mas em termos de população, ela concentra apenas 0,6% dos domicílios. Com relação ao cenário econômico atual, ela foi prejudicada, pois em 2008 ela foi responsável por 4,6% do consumo e continha 0,7% dos domicílios"


.Por: Flávia Furlan Nunes30/04/09 - 12h25InfoMoney

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