quinta-feira, 28 de maio de 2009

DESEMPREGO NO MUNDO.




Desemprego no mundo atingirá 239 milhões em 2009, diz OIT
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) disse que, neste ano, a contração no mercado de trabalho vai ser maior que a esperada e que 2009 deve terminar com 239 milhões de desempregados ao redor do mundo.
Baseadas nos números do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a recessão econômica, as previsões atualizadas da OIT para o desemprego global foram apresentadas nesta quinta-feira pelo diretor-geral da OIT, Juan Somavía, em Genebra.
"Se em março previmos que, em comparação com 2007, o aumento no desemprego global seria de 24 milhões a 52 milhões de pessoas, hoje podemos dizer que o aumento vai variar entre 39 milhões e 59 milhões", disse Somavía numa coletiva.
Estes são os dois cenários previstos pela organização, o mais otimista e o mais pessimista. Mas Somavía disse esperar que a realidade fique "no meio termo entre os dois" panoramas.
Segundo as novas contas da OIT, 2009 deve terminar com o número de desempregados no mundo variando de 220 milhões a 239 milhões, o que significa que as taxas de desemprego global ficarão entre 6,5% e 7,4%.
"Somos testemunhas de um aumento recorde no número de desempregados e de trabalhadores suscetíveis a ficarem na pobreza no mundo todo", disse o diretor-geral da OIT.
O aumento moderado do desemprego "dependerá, em grande medida, da eficácia das medidas orçamentárias e fiscais que os governos adotaram para estimular a demanda, assim como do funcionamento do setor financeiro", acrescentou Somavía.
Por regiões, o relatório da OIT destaca que os países desenvolvidos, nos quais começou a atual crise financeira e econômica, serão os que mais demitirão. É "provável" até que a região concentre "de 35% a 40% do aumento total do desemprego em nível global, apesar de constituir menos de 16% da força total de trabalho no mundo".
Como exemplo significativo, o relatório, que não faz comentários específicos por países, cita os Estados Unidos, onde 2,6 milhões de pessoas ficaram desempregadas só no primeiro trimestre de 2009.
Já na América Latina, onde a taxa de desemprego em 2007 foi de 7,1% e a de 2009 deverá oscilar entre 8,4% e 9,2%, "houve uma capacidade de resistência", segundo Somavía.
"Os dados (gerais) são extremamente preocupantes. Para evitar uma recessão social mundial, precisamos de um pacto mundial para o emprego, que implique inserir a criação de emprego e a proteção social no centro das políticas de recuperação", declarou Somavía.
Este pacto mundial para o emprego será um dos assuntos centrais da Conferência Internacional do Trabalho, que acontecerá de 3 a 18 de junho, também em Genebra.
Durante a conferência, no dia 15, a OIT realizará uma cúpula mundial sobre o emprego, que deve contar com a presença de inúmeros chefes de Estado ou de Governo.
As novas previsões da OIT indicam ainda que 200 milhões de trabalhadores correm o risco de passar a fazer parte do grupo de pessoas que vivem com menos de US$ 2 ao dia dia.
Outra constatação é que a crise também atinge com força os jovens. Dentro deste grupo populacional, a expectativa é que, entre 2008 e 2009, de 11,6 milhões a 17,7 milhões de pessoas fiquem desempregadas. Se isto acontecer, a taxa de desemprego juvenil aumentará de 12,2% (2008) para entre 14,1% e 15,1%.
Somavía também se preocupa com a duração da crise do emprego. "Mesmo se houver uma recuperação econômica em 2010, o desemprego precisa de muito mais tempo para se recuperar. O mercado de trabalho se restabelece de forma muito mais lenta que o crescimento econômico", disse.
A OIT também calculou que, entre 2009 e 2015, 300 milhões de emprego no mundo terão que ser criados só para absorver o crescimento da força de trabalho, um dado preocupante se for levado em consideração que 2009 "é o pior ano desde 1991 quanto à criação de empregos".
"Os dados (gerais) são extremamente preocupantes. Para evitar uma recessão social mundial, precisamos de um pacto mundial para o emprego, que implique inserir a criação de emprego e a proteção social no centro das políticas de recuperação", declarou Somavía.
Este pacto mundial para o emprego será um dos assuntos centrais da Conferência Internacional do Trabalho, que acontecerá de 3 a 18 de junho, também em Genebra.
Durante a conferência, no dia 15, a OIT realizará uma cúpula mundial sobre o emprego, que deve contar com a presença de inúmeros chefes de Estado ou de Governo.
As novas previsões da OIT indicam ainda que 200 milhões de trabalhadores correm o risco de passar a fazer parte do grupo de pessoas que vivem com menos de US$ 2 ao dia dia.
Outra constatação é que a crise também atinge com força os jovens. Dentro deste grupo populacional, a expectativa é que, entre 2008 e 2009, de 11,6 milhões a 17,7 milhões de pessoas fiquem desempregadas. Se isto acontecer, a taxa de desemprego juvenil aumentará de 12,2% (2008) para entre 14,1% e 15,1%.
Somavía também se preocupa com a duração da crise do emprego. "Mesmo se houver uma recuperação econômica em 2010, o desemprego precisa de muito mais tempo para se recuperar. O mercado de trabalho se restabelece de forma muito mais lenta que o crescimento econômico", disse.

FONTE EFE

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